Um intenso
flare solar acompanhado de grande ejeção de massa coronal ocorrido na noite de
terça-feira deverá atingir a Terra nas primeiras horas de sábado e produzir
distúrbios geomagnéticos significativos. A emissão é uma das mais fortes já
registradas neste ano.
A erupção
ocorreu na mancha solar AR1875, uma região ativa de configuração magnética
beta-gamma-delta altamente instável e que já estava sendo monitorada de perto
pelos físicos espaciais devido ao tamanho e possibilidade de explosão.
A erupção
foi bastante intensa e chegou a atingir a magnitude M4.2 na escala de fluxo de
raios-x monitorado pelo satélite GOES-15, um dos maiores valores já observados
este ano.
Como a
mancha solar está totalmente voltada para a Terra, grande parte das partículas
ejetadas do Sol deverá atingir nosso planeta. Os modelos de previsão mostram
que a frente de choque atingirá a magnetosfera da Terra por volta das 2 horas
da manhã de sábado e poderá provocar tormentas geomagnéticas significativas que
poderão fazer o índice KP atingir o nível 6 ou 7.
Esse índice
é uma estimativa da instabilidade da ionosfera e valores superiores a 6 são
considerados preocupantes. Há possibilidade de interferências e danos em
equipamentos e redes elétricas de distribuição localizadas em latitudes
elevadas podem sofrer alertas de variação de tensão. Se prolongadas, tormentas
geomagnéticas dessa intensidade podem induzir correntes de centenas de amperes
em linhas de transmissão e danificar transformadores.
Artes: No topo, modelo mostra o momento em que a Terra estará praticamente mergulhada dentro da esteira de partículas carregadas ejetadas pelo Sol. Na cena, nosso planeta é a pequena bolinha amarela. Na sequencia, vídeo mostra a evolução das partículas desde o momento da ejeção. Acima, imagem do tsunami solar como registrado pelo radioastrônomo Thomas Ashcraft no comprimento de onda de 656.28 nanômetros. Créditos: NOAA/SWPC, Thomas Ashcraft , Apolo11.com.
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