SHARMARIE de MARTE – Parte III - Historias de MALDEK, da Terra e do sistema solar
Traduzido do Livro “THROUGH ALIEN EYES – Através de
Olhos Alienígenas”, escrito por Wesley H. Bateman, Telepata da FEDERAÇÃO
GALÁCTICA, páginas 9 a 35.
“Cada Lei existente na Natureza pode ser descrita pela
sagrada linguagem dos números (Geometria Sagrada), e cada Lei da Natureza esta
expressada nas atividades de um simples átomo”.
EU SOU Ralbux Ducsur do planeta Gracyea.
MAIS UMA ERA DOURADA (ATLÂNTIDA)
Há aproximadamente 29 mil anos, o local
que eu chamava de lar se estendia para além de dois mil quilômetros ao sul do
lugar que vocês chamam agora de Flórida, nos EUA. Outra parte do
reino prolongava-se cerca de mil e trezentos quilômetros ao sul da península
Ibérica (Portugal e Espanha).
Denominávamos as partes da terra separadas pelo oceano
de Fe-Atlan e Ro-Atlan,
respectivamente (ou seja, Atlan do Norte e Atlan do Sul).
Uma parte do sul da Inglaterra, na época, ainda se ligava ao continente da
Europa. Hoje, na Terra existem lendas sobre esse reino. Vocês
chamam o reino que é o tema dessas lendas de ATLÂNTIDA. Nós
então tínhamos colônias nas terras por vocês hoje chamadas de Egito,
Bretanha e Finlândia.
O restante do mundo era nossa reserva de caça, repleta de
animais e tipos subumanos remanescentes do último período de trevas causado
pela então imprevisível Barreira de Freqüência. Esses
subumanos eram o que vocês denominam agora povos pré-Neanderthal, Neanderthal e
Cro-Magnon. Meu povo tinha um vínculo biológico com este último. Os Cro-Magnons
podiam ser treinados e eram utilizados para trabalho escravo, principalmente
nas minas de Ro-Atlan situadas no norte longínquo.
Concepção artística de Atlântida e sua localização entre o norte da atual América do Sul e do Brasil, oeste da África e à leste dos EUA, uma imensa ilha/continente que teria afundado em violentos cataclismos em torno de 10.986 a.C. evento que dá base para o Dilúvio bíblico de Noé. |
Saiba mais sobre Atlântida:
Nós, do povo atlanteano, não precisávamos do auxílio de
extraterrestres ou de deuses celestiais (que sabíamos existir) para desenvolver
uma altíssima tecnologia que incluía espaçonaves, rádios sem fio, televisão,
computadores, energia nuclear e inúmeras outras formas de tecnologia que
utilizavam cristais especialmente cultivados e energia psíquica humana
transmitida através dos níveis superiores do campo vital universal. A telepatia
mental era empregada com facilidade, mas era praticada de maneira sábia e não
irrestritamente, de modo que a força vital que deveria ser gasta nesse trabalho
não se perdesse.
Mesmo assim, os sacerdotes regularmente travavam conversas
mentais com os extraterrestres. Estes nos disseram que se mantinham fiéis a uma
lei chamada Diretriz Primeira que proibia a interferência no
desenvolvimento natural de uma cultura planetária (respeito total ao livre
arbítrio). Eles realmente pediam permissão para
visitar a superfície do planeta de vez em quando para colher amostras de várias
plantas e animais, O sacerdote concedia-lhes permissão para fazê-lo. Nasci
cerca de 723 anos depois do início da chamada Era Dourada. Poucos foram
abençoados com a capacidade biológica de se adaptar a essa pequena calmaria
temporária no curso da Barreira de Freqüência ou dela se beneficiar. Meu nome
era então Socrantor, o jovem, nascido de Rosey (minha mãe) e Socrantor, o velho
(meu pai). Eu tinha um irmão mais novo chamado Macrantor.
A moeda de Atlan consistia em gemas e cristais preciosos
sintéticos que podiam ser produzidos por meio de processos secretos conhecidos
apenas pelo rei e pelos sacerdotes, O acúmulo de riquezas era a meta de todos
os atlanteanos. Meu pai era capitão de um navio para pesca oceânica que
também caçava animais de pêlo como lontras e focas. A riqueza que adquiriu
permitiu que ele comprasse para meu irmão uma posição no sacerdócio e para mim
um posto inferior no exército do rei. Meus primeiros deveres incluíam escoltar
e proteger grupos de nobres em excursões de caça em regiões localizadas em
qualquer continente que se possa imaginar. O animal caçado era, em geral, a
criatura peluda parecida com um elefante que vocês chamam de mastodonte.
Em uma dessas excursões de caça na Ásia Central, eu estava
prestes a me recolher à noite quando um dos nobres chamou a atenção do grupo
para uma espaçonave extraterrestre, que passou lentamente sobre nossas cabeças
e aterrissou a pouca distância. Fizemos comentários sobre o tamanho imenso do
veículo, e um de nós disse: “Vamos dormir. Eles não vão nos incomodar e não
vamos incomodá-los”. Outro disse que queria que nós, atlanteanos, tivéssemos
tal veículo para podermos viajar pelo espaço e visitar outros mundos. Outro
nobre garantiu-lhe que algum dia teríamos.
Do interior de minha tenda, vi uma luz branca suave
girando na parte superior da nave alienígena. Seu ritmo pulsante prendeu minha
atenção. Ela passou a pulsar rapidamente até que me senti entrando num estado
de consciência que não conseguia evitar, mesmo com toda minha força de vontade
reunida. Ouvi então uma voz falar comigo telepaticamente: “Sharmarie,
então você está aí, velho amigo. Talvez não se lembre de mim agora, mas nós nos
conhecemos em tempos passados. Sou Rayatis
Cre’ator. Quem me dera levar você conosco quando partirmos,
mas não tenho o sinal positivo de orientação divina autorizando-me a fazê-lo.
Lamento muito isso. Tente se lembrar deste contato mental, e tente lembrar-se
de mim. Talvez possamos nos falar mentalmente no futuro. Tenho muito para lhe
contar. A Senhora Cre’ator está de volta para nós, do estado aberto.”
Lembrei-me do contato mental daquela noite, mas não me
lembrei daquele que chamava a si mesmo Rayatis Cre’ator. Naquela noite, sonhei
com espaçonaves e gente de cabelos brancos, bem como com carros aéreos,
injeções doloridas e deuses celestiais que usavam elmos e batiam a ponta da
língua no centro do lábio superior. Durante cerca de doze anos depois
daquela noite, tudo deu certo em minha vida. Recebi um posto mais graduado na
hierarquia militar e casei com uma mulher chamada Toriata. Não tivemos filhos.
Então, algum gênio de ATLÂNTIDA propôs
a ideia de perfurar dois orifícios enviesados na Terra, utilizando várias
detonações nucleares sucessivas. Um desses orifícios foi iniciado no Iraque, e
o outro no Peru. Ele calculara que, se conseguisse atingir o magma do planeta,
poderia obter um dos ingredientes (Plasma, o quarto
estado da matéria) usados pelos extraterrestres
para propulsionar suas espaçonaves, permitindo ao povo das duas Atlans viajar
pelas estrelas. A energia extraída do âmago seria armazenada em grandes
cristais abrigados no subsolo tanto de Fe-Atlan como de
Ro-Atlan.
Jornal da Flórida: Duas enormes pirâmides de cristal foram encontradas na área do Triângulo das Bermudas, que pertenceu ao reino de ATLÂNTIDA. |
Não era nada fácil ignorar os terremotos, os maremotos e
erupções vulcânicas provocados por essas explosões nucleares, tampouco a
maneira maluca de sentir e agir que os povos das duas Atlans passaram a exibir.
O gênio perdeu o controle de seu projeto, e seu transmissor continuou a enviar
a energia do âmago para os cristais armazenados.
As duas Atlans e seus povos literalmente vibravam em
imensas nuvens de poeira e cinzas vulcânicas, que cobriam a Terra e impediam
que o sol a aquecesse, provocando assim, o início da primeira Era Glacial da
Terra. O oceano cobriu outras partes da terra que não foram desintegradas
e as duas Atlans desapareceram. Eu tinha 52 anos quando essa catástrofe ocorreu
e tirou minha vida. Onde fica a Atlântida? A resposta: em toda parte.
SOLDADO DE ESPARTA
Meu nome era Rembelyan. Nasci no ano de 462 a.C., filho de
Menneva e Artaclean, respectivamente minha mãe e meu pai. O local era a
cidade-estado da antiga Grécia chamada à época, como agora, de Esparta. Tinha
três irmãs. Quando tinha oito anos, fui tirado de meus pais (com seu
consentimento espontâneo) para viver com outros meninos de minha idade em
quartéis do estado, onde treinávamos para ser soldados.
Fomos treinados, em primeiro lugar, no manejo das fundas,
usadas contra qualquer adversário que houvesse sobrevivido às flechas de nossos
arqueiros de longo alcance e estivesse chegando muito perto. Na verdade, nos
postávamos logo atrás dos arqueiros de curto alcance, arremessando nossas
pedras sobre suas cabeças, então corríamos feito loucos para a retaguarda de
nossos próprios atiradores de dardos e lanceiros que avançavam.
Foto de uma das Pirâmides encontradas no fundo do oceano no Triângulo das Bermudas. |
Um sábio general propôs que os atiradores de dardos que
estivessem avançando poderiam carregar com eles aljavas de flechas que deviam
ser entregues a qualquer arqueiro que passasse correndo e as apanhasse. Nunca
conseguimos que os atiradores de dardos carregassem bolsas de pedras para nós,
fundeiros. Antes de fazer dez anos, eu já experimentara a guerra muitas vezes.
Quando tinha 14 anos, era perito em dardos e aos 19, era considerado ótimo
espadachim. Para conseguir chegar aos 19 anos nessa profissão era preciso ser
ótimo matador e não se deixar matar.
Eu gostava de cavalos e mulheres. As mulheres dos vencidos
eram sempre parte do pagamento do soldado vitorioso. Os cavalos capturados
pertenciam ao estado e eram cavalgados apenas pelos superiores. Os cavalos
tinham de receber alimentos, água, de ser tratados e selados. Naquele tempo, as
selas espartanas não tinham estribo, até que, certo dia, um de nossos arqueiros
abateu um cavaleiro
cita* (povo nômade do norte da Europa e Ásia, hoje) e capturou
sua montaria, que estava com uma sela com uma dessas invenções maravilhosas.
Por que eu não pensara nisso? Como disse, apenas os homens de altos postos
andavam a cavalo.
(*) Os Citas (do grego antigo Σκύθης, transl. Skythēs, pl. Σκύθοι, Skythoi) eram um antigo povo de pastores nômades equestres descendentes dos persas que por toda a Antiguidade Clássica dominaram as estepes pôntico-cáspia, conhecida à época como Cítia. Na Antiguidade Tardia os sármatas, povo com o qual os citas tinham forte parentesco, acabaram por dominar a região. |
A maior parte das informações que perduraram a respeito dos
citas vem do historiador grego Heródoto, que os descreveu em
sua obra Histórias (século V a.C.) e pelos
achados arqueológicos, como as belas obras em ouro encontradas
nos kurgans (mamoas) na Ucrânia e no sul da Rússia. O nome
“cita” foi usado também para se referir aos diversos povos vistos, ao longo da
história, como semelhantes aos citas, ou que viveram em qualquer lugar da
imensa área que era conhecida até a Idade Média (entre século V e XV)
como a Cítia
Esparta não dispunha de cavalaria porque o soldado comum
passava por maus bocados para ficar montado nas bestas, quando elas começavam a
galopar. O uso do estribo permitiu a formação da primeira cavalaria espartana.
Fui selecionado como membro desse ilustre grupo que, a princípio, tinha 30
homens e, com o tempo, deu origem a nove grupos de 360 homens cada um. Aprendi
a montar muito bem e acabei incumbido de ensinar os outros a lutar montados nos
animais, bem como quando lutar e como desmontar de um cavalo ferido, evitando
assim, ficar preso debaixo dele quando ele caísse.
No ano 432 a.C., iniciou-se o que ficou historicamente
conhecido como a Guerra do Peloponeso, entre Esparta e a cidade-estado de
Atenas. Eu tinha por volta de 30 anos na época. Àquela altura, os atenienses
contavam com uma cavalaria de tamanho considerável, bem como com selas com
estribos. Descobri em minha vida atual que a guerra durou 27 anos, terminando
com a derrota dos atenienses pelos espartanos que, assim, obtiveram a hegemonia
na Grécia. Fui morto na primeira batalha dessa guerra, montado num cavalo,
pelas flechas provenientes de meus próprios arqueiros (creio que isso se
denomina fogo amigo). O chefe dos arqueiros não calculou muito bem o ângulo de
fogo e, naquele dia, mandou muitos bons cavaleiros espartanos numa jornada para
a terra além do rio Estige (na mitologia grega, o rio que percorre a região
infernal).
SOLDADO DE ROMA
Eu era Granius, nascido de um homem livre de nome Robarius
e de sua mulher escrava Sheila. Foi em 236 a.C. O local era a vila agrícola de
Utherium, situada a cerca de 112 quilômetros ao norte de Roma. Quando eu tinha
uns oito anos, meu pai me pôs a serviço, por cinco anos, de um construtor de
estradas, seu amigo. Eu não era tratado como escravo, e sim mais como um filho
que precisava muito receber educação. Educação que adquiri, em especial quando
se tratava de projetar e construir pontes. Essa arte fugia à capacidade de meu
tutor Drancusus, então ele sempre precisava que viessem de Roma engenheiros
construtores de pontes especiais para cuidar de qualquer problema com pontes
com o qual pudesse se defrontar no decorrer da construção da estrada (em geral
estradas na direção norte e sul, sempre ao norte de Roma).
O FÓRUM Romano, o centro político, econômico, cultural e religioso da cidade durante a República e, mais tarde, durante o Império, está agora em ruínas. Foro Romano. Da sinistra, in primo piano: le 3 colonne del tempio di Vespasiano e Tito, l’arco di Settimio Severo, il tempio di Saturno. |
Os engenheiros construtores de pontes eram homens muito
eruditos que falavam um dialeto de difícil compreensão para mim no começo.
Aprendi com rapidez seu falar e eles logo me empregaram para berrar suas ordens
aos escravos. Vários dos pedreiros já tinham trabalhado com eles em outros
serviços e conseguiam compreender o que estavam dizendo. Enquanto prestava
diligente assistência aos engenheiros de pontes, aprendi a ler seus projetos e
fui aceito como parte de sua bagagem, por assim dizer. Quando acabaram meus
cinco anos de serviço, fui para casa e descobri que minha mãe morrera e meu pai
estava muito doente. Ele morreu cerca de dois meses depois. Fui embora antes de
ser vendido pelo estado como apenas mais um escravo da casa (eu não era
marcado). Voltei para o grupo de construção de estradas e reassumi minha antiga
posição de tradutor para os engenheiros de pontes.
Certo dia, o engenheiro-chefe veio e me disse que o
exército precisava de projetores e construtores de pontes. Disse que me
arranjaria esse serviço, mas o problema era que eu tinha de ficar 25 anos no
exército. Entrei no exército e me deram treinamento de soldado combatente.
Estudei a construção de todos os tipos de pontes que podiam ser construídas às
pressas e, facilmente, desmontadas para ser transportadas com rapidez para a
dianteira das tropas em marcha ou o mais próximo possível da frente de batalha.
(Tratava-se de uma tarefa e tanto.)
Em 216 a.C. , eu tinha mais ou menos 20 anos e comandava
uma pequena equipe de engenheiros do exército, cerca de 75 escravos e os 40
soldados que os vigiavam. Tínhamos aproximadamente 15 carroças puxadas por
cavalos que levavam nossas ferramentas para a construção de pontes. Estávamos
indo para o norte sob o comando de Quintus Fabius Maximus Verrucosus ao encontro
do exército do general cartaginês conhecido
como Aníbal (Guerras Púnicas, Cartago x Roma). Nosso
exército travou combate com o dele e deteve seu avanço. Lutamos e, então,
retiramo-nos estrategicamente para o sul rumo a depósitos de alimentos e
esconderijos de armas que construíramos e estabelecêramos em nosso caminho para
o norte. Destruíamos com fogo ou desmontávamos nossas pontes à medida que nos
retirávamos. Mas Aníbal também sabia construir pontes com bastante rapidez.
Havia chovido durante vários dias e foi necessário
abandonar minhas carroças e forçar os escravos a carregar as ferramentas. O
exército já tinha se deslocado mais para o sul. Demorei muito para tomar a
decisão de deixar as carroças e fomos atacados por grandes levas de
cartagineses. Meus guardas escravos fugiam ou se rendiam na hora. Passaram-me
um laço no pescoço e me puxaram atrás de um cavalo. Fiquei segurando a corda
com as mãos até que meu corpo bateu em pedras e troncos de árvores, forçando-me
a soltá-la. Ouvi os ossos de meu pescoço se quebrarem, então tudo ficou escuro.
O que aprendi dessa vida foi: não se demore para queimar suas pontes,
principalmente se os cartagineses estiverem no seu encalço.
O ÍNDIGENA ANASAZI
A época foi por volta de 789. O lugar em que nasci era uma
habitação nas rochas dos Anasazi, cujos restos encontram-se na parte norte do
que é atualmente o Arizona-EUA (Desfiladeiro de Chelly). Meu nome era Moytensa.
Tinha dois irmãos mais novos de nome Rocree e Rocreenal. (Sim, sei que é como
se dissesse: “Sou Larry. Este é meu irmão Darryl e este meu outro irmão
Darryl.) Meus pais eram fazendeiros, assim como cerca de 95% dos membros de
nossa tribo. O restante eram caçadores que percorriam grandes distâncias,
ficando ausentes durante os meses mais quentes e retornando um pouco antes do
início do inverno. Essa vida foi breve, mas relembro-a aqui para
esclarecer algumas questões relacionadas aos anasazi: O que foi feito deles?
Por que desapareceram de seus povoados? Viraram canibais?
Cidadela Anasazi, próximo ao Four Corners, Mesa Verde National Park, nos EUA. |
Na primavera de meu décimo segundo aniversário, a terra
foi assolada por gafanhotos que vieram do que hoje é o México e devoraram
nossas plantações. O número de gafanhotos aumentou a ponto de, ao serem vistos
das montanhas mais altas, parecerem um oceano vivo. Aqueles de nós que
conseguiram, foram para o norte, seguidos de perto por essa praga movediça. Os
doentes e velhos ficaram para trás, e sim, comeram os que morreram de causas
naturais.
Os animais de caça dirigiam-se mais rapidamente do que nós
para o norte, noroeste e nordeste. As tribos do norte seguiram a caça, sem
saber do horror que avançava em sua direção. A certa altura de nossas
viagens, sentei-me ao lado da trilha e desmaiei, vindo a morrer de fome, embora
meu estômago estivesse cheio de gafanhotos assados. Eles continham alguma
substância que nos envenenou. Alguns membros de nossa tribo foram mortos ou
escravizados pelas tribos do norte, enquanto alguns foram recebidos com bondade,
tendo permissão de reunir-se a essas tribos como irmãos e irmãs.
MINHA VIDA ATUAL
Nesta vida, meu nome é outra vez Sharmarie que, em meu
idioma marciano nativo significa “uma parte pequenina mas muito importante de
algo muito grande” (ou, como minhas três companheiras de alma, Quandray,
Rekitta e Ogalabon diriam, “uma parte grande de uma coisa pequenina e sem
importância”; as mulheres realmente parecem ser todas iguais, seja lá de que
mundo venham). Tenho dois filhos gêmeos com minha companheira Quandray; seus
nomes são Benner e Trocker. Trocker nasceu segurando o pé do irmão, e os
videntes consideram esse fato um grande presságio espiritual. Os gêmeos não
tiveram vidas humanas passadas e estão atualmente com cerca de nove anos
terrestres.
Nasci nesta vida há aproximadamente 315 anos terrestres,
filho da mulher que foi minha mãe na minha primeira vida e de um excelente
homem chamado Booke-Tasser. Booke-Tasser, que também é pai de minha irmã
Wren-Shanna nesta vida, é um daqueles que em meu mundo seriam denominados Pai
Ta. Seriam necessárias muitas páginas para explicar esse tipo de pai. Então,
vamos deixar para lá até uma outra ocasião. Desta vez, meu local de
nascimento foi o segundo planeta do sol CARDOVAN,
denominado MOLLARA. Essa
estrela é a terceira em brilho (ELEKTRA) das sete estrelas por vocês
denominadas as PLÊIADES. O nome Cardovan
significa em nosso idioma “Estrela de Carr.” Não se trata do nome que lhe foi
dado pelos naturais de Mollora ou de outros planetas deste sistema.
Aglomerado Estelar M-45, as PLÊIADES e seu Sol Central ALCYONE (em destaque), sistema ao qual o nosso SOL (HÉLIUS) pertence e orbita, onde esta localizada a Estrela/SOL ELEKTRA-CARRDOVAN em que MOLLARA, hoje o planeta natal de Sharmarie orbita. Este planeta (MOLLARA) será o destino final da maioria dos habitantes da Terra que forem resgatados instantes antes da “Grande Mudança” planetária que se aproxima… |
Nós a chamamos de Estrela de Carr (Cardovan)
porque o Zone-Rex marciano Rancer-Carr trouxe, com o auxílio da FEDERAÇÃO,
centenas de milhares de marcianos para este sistema solar, no planeta MOLLARA depois
da destruição de Maldek para que eles pudessem sobreviver. Como sabem, Marte se
mudou para uma órbita muito mais distante do sol do que sua órbita original, o
que o tornou inabitável para qualquer forma de vida. Desde meu ano de vida
22 desta vida, fui treinado para ocupar a posição de Monitor Zero do meu povo.
Equivale mais ou menos a ser vice-presidente ou segundo em comando do zone-rex.
Atualmente moro, na maior parte do tempo, em uma das bases subterrâneas
da FEDERAÇÃO na Terra
livres da Barreira de Freqüência.
Nesta vida, visitei muitas vezes o planeta Nodia e
encontrei Rayatis e a Senhora Cre’ator. Certa vez, ela me perguntou se eu tinha
aprendido a atirar direito. Ela disse, com bom humor, que eu não a acertara
naquela noite chuvosa na Terra tantos anos atrás. Quanto aos costumes
espirituais marcianos, veneramos o Criador Supremo de Tudo
Que É e o El de nosso próprio mundo, que sabemos
aguardar ansiosamente o tempo em que nós, seus filhos espirituais, mais uma vez
andaremos pelas estradas relvadas restauradas. Nunca retornaremos à vida
de pastores nômades em Marte. Expressando de maneira simples, recordo a letra
de uma melodia terrestre: “Como vai segurá-los lá na fazenda depois de terem
visto Paree?”
Nós, marcianos do presente, somos sofisticados demais em
relação aos costumes do maravilhoso universo e prometemos juntar nossa energia
a todo e qualquer um que se oponha às forças das trevas. Quanto
à Terra, ela ainda tem sido um refúgio para milhões de almas vindas de seus
mundos vizinhos que precisavam desesperadamente de um lugar para permanecer
após a destruição do planeta MALDEK.
Quanto ao futuro, é meu desejo pessoal que a realidade
Crística de fato se manifeste no plano do nível molar de realidade
tridimensional e barre qualquer necessidade de guerra entre a Federação e os
seres do lado sombrio no final da Barreira de Freqüência no planeta
Terra. Se não for esse o caso, procurem os defensores da Federação
pontilhando os céus nestes últimos dias. E
lembrem-se, a nave marciana terá a marca do símbolo da montanha (O Monte
Olympus, o maior vulcão de Marte) com dois raios ao fundo). Não
quero que vocês atirem pedras nos mocinhos. Seja como
for, vamos acabar logo com isso de uma vez por todas – Eu quero mesmo ir para
casa.
EU Sou Sharmarie.
Permitida a reprodução desde que mantido o formato original
e mencione as fontes.
www.thoth3126.com.br |
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