sexta-feira, 4 de julho de 2014

Momento Espírita: BALANÇO DE VIDA

Como anda você? Está sempre on-line, conectado às redes sociais, sabendo de quase tudo a respeito do que fazem seus amigos e os amigos dos seus amigos?

Sempre em dia com as fofocas, em tempo real?

Você é daqueles que não pode ficar desconectado em momento algum, pois teme perder a notícia mais recente?

Você tem centenas e centenas de amigos virtuais e se vangloria disso?

Entre esses, é possível que se encontrem pessoas que jamais viu, nem tem bem clara a ideia de onde vivem, o que verdadeiramente apreciam.

Também, com certeza, amigos de muito tempo.

Responda agora: há quanto tempo vocês não se encontram pessoalmente?

Entretanto, o contato pessoal é muito importante, pois nada substitui o calor de um abraço, um olhar profundo de olhos nos olhos.

Assim, não deixe escapar a chance de sentir o calor de um aperto de mão, a agradável sensação de ouvir o coração do amigo batendo apressado, ante a emoção do reencontro.

Aproveite esses momentos, promova-os e viva-os em totalidade.

E, quando sair de casa, aproveite para observar o seu entorno. Deixe o aparelho eletrônico no bolso ou na bolsa.

Você está habituado a receber diariamente, via virtual, dezenas de imagens espetaculares, de lugares paradisíacos e com elas se extasia.

No entanto, você deixa de apreciar o jardim da sua casa, os canteiros da rua por onde transita.

Percebeu que uma rosa amarela desabrochou e derrama pétalas coloridas, atapetando o chão?

Notou que o vento da noite arrancou as folhas dos arbustos e preparou um delicado ninho de fofura sobre a grama?

Deu-se conta de que a árvore balança seus ramos, em saudação a você, que passa?

Sentiu como a ramagem exala delicado e característico perfume, em resposta ao fustigar da chuva da madrugada?

Se você está com amigos, desligue o celular, esqueça o Ipad, fique off-line.

E conecte-se, fique on-line com quem está com você. Olhos nos olhos, converse, ouça.

Já se disse que a voz humana é o mais excelente instrumento musical que existe sobre a Terra. Sirva-se dele como quem dedilha as cordas ou acaricia um teclado.

Ouça e grave, na acústica da alma, a voz dos seus amigos, cada qual com seu timbre particular.

Ouça o que dizem. Eles poderão narrar detalhes da viagem fantástica, que realizaram há pouco e você compartilhará do seu entusiasmo.

Ou, quem sabe, lhes ouvirá o relato das dores que os abraçam e lhes poderá enxugar algumas lágrimas.

Um dia, quando a solidão o envolver, você poderá fechar os olhos, acionar as lembranças e ouvir o cristalino som do riso ou o balbuciar de um soluço.

Isso é viver, conviver.

Pense nisso. Analise. E ponha em prática, hoje ainda. Telefone. (Não mande um torpedo nem digite uma mensagem). Telefone e combine uma saída com seus amigos, com seus primos, sobrinhos.

Delicie-se com os sorrisos, com a companhia. Depois, repita isso várias outras vezes, plenificando-se de felicidades, sentindo a irresistível vontade de reprisar as mesmas e salutares emoções, que alimentam a alma e alegram as horas.

Redação do Momento Espírita.
Em 28.6.2014.

Reblogado do website Momento Espírita



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