A
Flor da Vida e a Geometria Sagrada
Este símbolo é
conhecido desde a mais remota antiguidade e chama-se “A Flor da Vida“. Na
verdade, segundo foi revelado, o símbolo da Flor da Vida é bem conhecido em
todo o universo, menos aqui na Terra! Cada molécula de vida, cada célula em
nosso corpo humano conhece esse padrão geométrico e por ele é construído.
Em todo o mundo há
inúmeras construções de caráter religioso que foram elaboradas segundo os
princípios da geometria sagrada.
São igrejas,
templos, monumentos, altares e jardins destinados a transmitir de maneira
visual ensinamentos de natureza superior, já que tiveram sua constituição
determinada por formas e proporções geométricas dotadas de especial significado
místico.
Ao longo da
história espiritual da humanidade, números e formas geométricas sempre foram
considerados entidades especiais dotadas de um poder de criação e sustentação
da vida. Enquanto os números são mais abstratos e conceituais, as figuras
geométricas carregam maior apelo emocional, já que podem ser vistas e usadas
para a construção de objetos no mundo físico.
Uma das formas
geométricas mais interessantes, mais antigas e que atualmente é muito usada em
práticas místicas e para facilitar a transmissão de ensinamentos de certos
movimentos espiritualistas é a chamada Flor da Vida.
Este é o nome
moderno dado à uma figura geométrica composta de vários círculos de igual
diâmetro, sobrepostos de maneira padronizada, formando uma estrutura semelhante
à uma flor composta, em seu núcleo, por seis pétalas simétricas.
Numa cadeia
infinita de círculos que formam uma teia harmoniosa dentro da qual emergem
figuras geométricas sagradas para muitas tradições espirituais antigas, o
centro de cada círculo está posicionado exatamente sobre a circunferência dos
seis círculos que o cercam.
Muitos consideram
a Flor da Vida como um dos mais importantes símbolos da geometria sagrada, pois
dentro dela estariam codificadas as formas fundamentais que constituem aquilo
que conhecemos como tempo e espaço. Estas formas seriam as estruturas
conhecidas como a Semente da Vida, o Ovo da Vida, o Fruto da Vida e a Árvore da
Vida.
Não há nenhum
conhecimento, no Universo que não esteja contido neste padrão da Flor da
vida. Todos os harmônicos da luz (sete cores do espectro solar), do som e
da música (sete notas musicais) encontram – se nessa estrutura geométrica, que
existe como um padrão holográfico, definindo a forma tanto dos átomos como das
galáxias.
O código da Flor
da Vida contém toda a sabedoria similar ao código genético contido no nosso
DNA. Esse código genético vai além das formas comuns de ensinamento e
encontra-se por trás de toda a estrutura da própria realidade.
Todos os sólidos
platônicos (formas perfeitas) contem a geometria sagrada que corresponde com
cada 5 elementos que geram toda a matéria. A Flor da vida contem a história de
toda Humanidade!
Portanto, ela
contém em si mesma as diversas etapas do desenvolvimento da vida, desde o
surgimento com a Semente, sua expansão através do Ovo, sua proteção através do
Fruto, a manifestação de sua beleza através da Flor e sua expressão final na
Árvore, de onde nascerão as novas sementes, retomando assim o ciclo natural de
expansão da natureza.
A vida tem sua
origem nas águas e toda a vida na Terra requer a presença deste elemento para a
sua manutenção. Ao contemplarmos a forma da Flor da Vida, com seus raios que
partem do centro formando um hexágono, encontramos outro aspecto simbólico que
reforça a mensagem transmitida por esta figura geométrica, pois sua forma
básica é igual ao modelo estrutural do floco de neve, a água
cristalizada.
Por este motivo a
Flor da Vida é reverenciada desde tempos imemoriais, tendo servido como elemento
de construção simbólica para muitas culturas antigas e alguns dos mais ilustres
sábios da humanidade. Com muito pouca pesquisa é possível encontrar a Flor da
Vida em muitos templos, obras de arte e manuscritos de culturas antigas,
espalhados por diversas partes do mundo.
Ela está espalhada
por Israel, no interior das antigas sinagogas da Galileia e de Massada, e na
região do Monte Sinai. Foram encontradas em mesquitas no Oriente Médio, em
antigos sítios arqueológicos romanos localizados na Turquia, bem como no
Marrocos e em obras de arte italianas datadas do século XIII.
Muitos templos
japoneses e chineses, além da própria Cidade Proibida, ostentam diversos
exemplares da Flor da Vida. Na Índia, ela pode ser vista no Harimandir Sahib, o
Templo Dourado, e nos templos localizados nas Grutas de Ajanta. Ela também foi
encontrada na Bulgária, na Hungria e na Áustria, assim como no México e no
Peru.
Por muito tempo se
pensou que a representação mais antiga da Flor da Vida havia sido gravada nas
paredes do Templo de Abidos, no Egito, um lugar sagrado dedicado à Osíris,
divindade crística que representa os ciclos de vida, morte e ressurreição.
Contudo, o exemplar mais antigo estava num dos palácios do rei assírio
Assurbanípal, e hoje pode ser encontrado no Museu do Louvre, em Paris.
Mesmo assim muitos
autores afirmam que os desenhos da Flor da Vida no interior do Templo de Abidos
possuem entre 6000 e 12000 anos de idade.
Existem cinco
Flores da Vida desenhadas em cada uma das duas colunas que sustentam o Templo
de Osíris, todas desenhadas de forma muito precisa, mas não gravadas na pedra,
e tão apagadas que quase não se pode notar sua presença.
Em regiões como a
Polônia e outras culturas influenciadas pelos eslavos era costume esculpir a Flor
da Vida em diversos tipos de arte feita com cerâmica.
Além disso, foram
encontradas muitas representações esculpidas nos caibros de madeira que serviam
de sustentação para os telhados das casas destes povos, como uma forma de
proteção contra relâmpagos.
Um dos maiores
gênios da humanidade, o renascentista italiano Leonardo da Vinci realizou
estudos a respeito da Flor da Vida e de suas propriedades matemáticas. Através
da Flor da Vida, Leonardo desenhou de próprio punho, diversos de seus
componentes geométricos, como é o caso dos cinco sólidos platônicos e da
Semente da Vida.
Assim como toda
flor, a Flor da Vida nasce de uma semente, que neste caso é a Semente da Vida,
uma figura geométrica formada por sete círculos dispostos segundo uma simetria
hexagonal, formando um padrão composto por círculos e lentes, e que serve como
componente básico estrutural da Flor da Vida.
Seguindo o
desenvolvimento natural da Semente, da Flor e do Fruto da Vida, encontramos a
Árvore da Vida, um conceito presente em várias teologias e filosofias
herméticas, e uma metáfora muito importante para o conjunto de ensinamentos
místicos de origem judaica, conhecido como Cabala.
A ideia cabalista
da Árvore da Vida é usada para compreender a natureza de Deus e a forma como
ele emana seus atributos de forma a constituir todo o universo. Ela pode ser
entendida como um mapa da Criação e das energias presentes nos seres humanos, e
corresponde tanto biblicamente como esotericamente à Árvore da Vida mencionada
no livro do Gênesis.
Na busca pela
compreensão de natureza mística da origem da vida, todos estes elementos
geométricos derivados da Flor da Vida podem servir como instrumento
fundamental e completo. Ela pode servir como amparo didático para o
entendimento do esoterismo dos números, do fluxo de desenvolvimento da energia
divina através do macrocosmo e do microcosmo, bem como uma mandala através da qual,
certos estados míticos, elevados podem ser alcançados.
Fonte: http://www.sgi.org.br/
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