A cidade de Jerusalém se estendia magnífica nas montanhas, entre o Mar
Mediterrâneo e o norte do Mar Morto. Era primavera e os muros que a protegiam
estavam tomados por flores multicoloridas.
Nas ruas, o povo ocupava-se de seus afazeres. O burburinho incessante da
população contrastava com o silêncio bucólico do deserto que a rodeava.
Contudo, naquele dia, algo estava dissonante da rotina da cidade. Um
aglomerado de pessoas reunia-se em torno de uma figura peculiar, que pregava
nas escadarias do templo.
Sua fala era grave. Logo se via que ele tratava de assuntos de suma
importância. Porém, Seus olhos eram ternos e transmitiam uma serenidade capaz
de apaziguar os mais revoltos corações.
Aqueles que O escutavam, facilmente nEle reconheciam uma admirável
fortaleza: Vinde a mim vós que estais cansados e eu
vos aliviarei.
NEle encontravam respostas para as questões profundas: Eu
sou o caminho, a verdade e a vida. E também esperanças de dias
melhores: Bem-aventurados os que choram, pois
serão consolados.
Alguns O chamavam Rabi, palavra judaica cujo
significado é professor, mestre. Outros O
consideravam um agitador público, cujas ideias revolucionárias deveriam ser
combatidas.
A verdade era que Esse Galileu, filho de um carpinteiro e de uma dona de
casa, era ciente, desde a mais tenra idade, de Sua missão para com o nosso
planeta.
Em torno dos trinta anos, conforme os relatos evangélicos, convocou doze
companheiros para que, junto dEle, pudessem levar a mensagem consoladora de Seu
Pai.
Falou com simplicidade, levou esperança aos aflitos, curou os doentes.
Estendeu a mão para os marginalizados, secou lágrimas, saciou a fome do corpo
e, principalmente, da alma.
Ensinou a orar de maneira a conjugarmos menos o verbo pedir e mais o agradecer: Pai
nosso que estais no céu...
Aconchegou as crianças em Seu colo e orientou a que tornássemos nossos
corações semelhantes aos delas, pois que, se agíssemos com a pureza e a
simplicidade das criancinhas, conheceríamos o Reino dos Céus.
Ensinou a importância de não julgar. Antes, a de agir de acordo com a
lei de caridade: O que fizerdes ao menor dos meus irmãos,
a mim o fazeis.
Recomendou, ainda, a vigilância, para que não acabemos por sucumbir
através das tentações oriundas dos vícios morais que ainda trazemos em nosso
íntimo.
Doou-se inteiramente à Humanidade. Entretanto, vítima inocente do
orgulho e da mesquinhez humana, foi-lhe destinado o madeiro da cruz, que
aceitou resignadamente.
Antes, todavia, deixou-nos a maior lição acerca do perdão, quando, num
gesto de total doação, perdoou Seus algozes: Pai, perdoai-os. Eles não sabem o que
fazem.
Seu nome é Jesus Cristo. Filho de Maria e de José, filho de Deus Pai.
Irmão de toda a Humanidade e de cada um em particular.
É Ele o Mestre Divino, o melhor amigo, aquele que permanece ao nosso
lado, auxiliando-nos na caminhada que nos conduz a Deus, à luz, à eterna
felicidade.
Mais de dois mil anos depois, o convite se repete: Eis
que estou à porta e bato.
Teremos coragem para abrir as portas de nossos corações e permitir que
nele o bondoso Amigo faça morada?
Pensemos nisso!
Redação do
Momento Espírita.
Em 19.12.2012.
Em 19.12.2012.
Reblogado do website Momento Espírita
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