Drunvalo Melchizedek |
"Estava
estudando para obter minha especialização em Física e minha segunda graduação
em Matemática na Universidade da Califórnia, em Berkeley, prestes a receber meu
diploma.
Só faltava mais
1/4 para minha graduação. Aí decidi que não queria mais a graduação porque
havia descoberto algo sobre os próprios físicos que me desanimou da ideia de me
envolver numa ciência que eu havia percebido que não era ciência de forma
alguma.
Sobre este fato em
si eu poderia escrever um livro, mas "o porquê" dele está relacionado
ao mesmo assunto que tratamos com arqueólogos. Físicos, assim como arqueólogos,
irão se voltar para a Verdade, se isto significar uma mudança muito grande
muito rápido.
Talvez a verdade
real seja que esta é a natureza humana. Então me voltei para o outro lado do
meu cérebro e comecei a me graduar em Belas Artes. Meus tutores pensavam que eu
estava louco: "Você vai desistir de um diploma de Física?" me
perguntavam. Mas eu não precisava daquilo, não queria aquilo. Então para me
graduar em Artes, precisei frequentar a faculdade por mais dois anos. Finalmente,
estava no último semestre para me graduar em artes, e pensava: "Eu não sei
se consigo fazer isso. Estou tão cansado. Quase não aguento mais."
Aí ocorreu "Kent State". Todo o sistema de educação escolar dos Estados Unidos fechou, e foram expedidas notas B para todos os alunos, e os deixaram passar. Assim, obtive minha graduação em Belas Artes sem ter que terminar o último semestre que faltava.
Minhas mudanças de especialização fazem sentido agora, porque quando você estuda as escrituras antigas, você descobre que as pessoas daqueles tempos consideravam a arte, a ciência e a religião como sendo entrelaçadas, interligadas. Assim, a programação que executei foi condizente com o que estou fazendo agora.
MUDANDO-ME PARA O CANADÁ
Graduei-me em 1970. Depois, após ter estado no Vietnã e vendo o que ocorria no nosso país naquela época, eu disse finalmente: "Já chega! É isso! Não sei como vou viver ou o que vai acontecer, mas vou é ser feliz e fazer o que sempre desejei fazer". Decidi abandonar tudo e fui viver nas montanhas como sempre havia desejado.
Assim, deixei os Estados Unidos e fui para o Canadá, sem saber que um ano depois seria seguido por dez mil pessoas que protestavam contra a guerra do Vietnã. Casei-me com uma mulher chamada Renee e fomos os dois para o meio do nada, e encontramos uma casa num lago chamado Kootenay. Estávamos longe de tudo. Era preciso andar por quatro milhas a partir da estrada mais próxima para chegar à nossa casa. Estávamos completamente isolados. E comecei a viver a minha vida exatamente como sempre havia desejado.
Sempre desejei saber se poderia viver do nada; então resolvi tentar. Fiquei com um pouco de medo no começo, mas com o tempo, ficou mais fácil, e logo tornei-me um adepto da vida natural. Eu vivia uma vida linda e plena, com basicamente nenhum dinheiro. Depois de um tempo percebi, "hey, isto é muito mais fácil do que manter um emprego na cidade!" Eu só tinha que trabalhar duro por três ou quatro horas por dia, depois disso eu tinha o resto do dia livre. Era o máximo. Eu podia tocar música e passear por lá e aproveitava um bocado. E foi exatamente o que eu fiz. Eu me divertia. Tocava música umas dez horas por dia, com muitos amigos que vinham de longe. Nosso local pegou uma boa fama naquela época. Aparecia uma média de 11 pessoas por dia para tocar música e se divertir - e nós apenas nos divertíamos.
E assim, o que é muito importante para a minha compreensão hoje, eu descobri algo sobre mim mesmo. Era desse - retorno à minha criança interior, que é como eu me refiro àqueles dias - que eu libertei minha criança interior, e com essa libertação, algo me aconteceu, que foi o catalizador que me trouxe à minha vida como ela é hoje.
ENCONTRANDO COM OS
ANJOS
Estando em Vancouver, minha esposa e eu decidimos que queríamos conhecer meditação, então iniciamos nossos estudos com um professor hindu que morava na região. Queríamos seriamente compreender o que era meditação. Tínhamos muitas túnicas de seda brancas com capuzes e estávamos seriamente nos empenhando nessa busca que havíamos iniciado.
Aí um dia, após praticarmos a meditação por mais ou menos quatro ou cinco meses, dois anjos altos de mais ou menos 3,5m apareceram em nossa sala!
Um era verde, e o
outro era lilás. Podia-se ver através de seus corpos transparentes, mas eles
estavam realmente ali. Não esperávamos por essa aparição. Estávamos apenas
seguindo as instruções que o nosso professor hindu havia nos dado. Não acredito
que ele tenha compreendido plenamente pois continuou nos fazendo perguntas e
parecia não entender também.
Daquele momento em diante, de longe, minha vida nunca mais foi a mesma.
As primeiras palavras que os anjos me disseram foram: "Nós somos você." Eu não tinha ideia do que eles queriam dizer com isso. Falei: "Vocês são eu?" E assim, eles começaram a me ensinar lentamente várias coisas sobre mim mesmo e o mundo, e sobre a natureza da consciência… até que finalmente meu coração simplesmente se abriu completamente para eles. Eu sentia um amor tremendo por parte deles, o que mudou totalmente a minha vida.
Por um período de vários anos, eles me conduziram por vários professores. Eles diziam até o endereço e o telefone ou qual professor eu deveria contatar. Eles me diziam até se eu deveria telefonar primeiro ou apenas me dirigir diretamente às casas deles ou delas. Então eu fiz isso - e era sempre a pessoa certa! Aí eu era instruído a ficar com aquela pessoa por um certo período de tempo.
Algumas vezes, bem no meio de um ensinamento específico, os anjos diziam: "Tudo bem, acabou. Vá embora." Lembro-me de quando eles me enviaram a Ram Dass. Eu fiquei "morando" em sua casa por uns três dias me perguntando que raios eu estava fazendo lá. Daí, um dia eu pus as mãos em seus ombros para dizer algo e senti um tranco que praticamente me jogou no chão. E foi assim - os anjos disseram: "É isto. Você pode ir embora agora". E eu falei: "tudo bem". Ram Dass e eu nos tornamos amigos, mas o que quer que eu fosse aprender com ele havia terminado naquele mesmo segundo.
Os ensinamentos de Neem Karoli Baba, professor de Ram Dass, são muito importantes para mim. Ele acreditava que "a melhor forma de ver Deus é em toda forma". Também estive exposto ao trabalho de Yogananda e tenho carinho por quem ele foi. E mais tarde estarei falando sobre Sri Yukteswar e um pouco do seu trabalho.
Estive intensamente envolvido com a maioria das principais religiões. Só não com os Sikhs, pois não acredito que seja necessária preparação militar, mas estudei e pratiquei quase todas as outras, Muçulmana, Judaica, Cristã, Hindu, Budista, Tibetana. Estudei profundamente o Taoísmo e o Sufismo - passei onze anos no Sufismo. De todos estes, os professores mais poderosos para mim, no entanto, foram os índios norte-americanos. Foram os nativos que abriram a porta para que ocorresse todo o meu crescimento interior. Eles têm tido uma influência poderosa na minha vida.
Todas as religiões do mundo estão falando da mesma Realidade. Elas usam palavras diferentes, conceitos e ideias diferentes, mas há na verdade só uma Realidade, e só um Espírito se movendo através de toda a vida. Podem haver técnicas diferentes para se chegar lá, mas só existe o que é real e quando você estiver lá você saberá. Chame como você quiser chamar - você pode chamar de várias formas - é tudo a mesma coisa."
- Texto de Drunvalo Melchizedek -
Tradução: mla/flordavidabrasil
Fonte: Flôr da Vida
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