Verdadeiramente,
vivemos tempos novos sobre a face da Terra. Tempos em que, a cada dia, nos
deparamos com seres especiais reencarnados entre nós.
Não importa a
raça, a nacionalidade, o credo religioso ou crença alguma. Eles são especiais.
Trazem conceitos espiritualizados a respeito da vida, do mundo, do destino
final das criaturas de Deus.
Contou-nos uma
amiga que sua filha, na inocência dos seus três anos de idade, certa noite,
aconchegou-se na cama, ao seu lado.
Em verdade, toda
noite era assim. A menina vinha para sua cama e ali se deitava por alguns
minutos, antes de se encaminhar para o próprio berço. Nesses momentos,
contou-nos a mãe, era que diálogos sempre interessantes aconteciam.
Alguns que a
surpreendiam, sobremaneira. Era como se aquela criança, que trazia o azul do
céu em duas joias brilhantes na face, se pusesse a pensar, mergulhando na
doçura e na sabedoria de um passado intensamente vivido.
Mamãe,
antes de eu nascer eu era anjinho?
A mãe ficou a
imaginar como deveria responder. E resolveu adentrar no clima da inocência
infantil, concordando.
E
antes de você ser mamãe, onde você morava?
Pacientemente, e
alongando o diálogo, a mãe respondeu que morava com seus pais, avós da pequena.
Enriqueceu com detalhes, dizendo da casa grande, de janelas azuis, o imenso
jardim, em outra cidade, bem longe.
Mas,
mamãe, e antes de você ser filha do vovô e da vovó, você era anjinho como eu,
né?
Acho
que sim, foi a resposta breve daquela jovem que ficou a
cogitar aonde iria parar aquele raciocínio todo. Então, a garotinha desatou a
falar:
Pois
é, mamãe, você estava no céu, junto comigo. Aí, você nasceu e eu fiquei lá.
Depois, Papai do Céu falou para eu escolher minha mamãe. E eu escolhi você.
Viu, agora estamos juntas de novo.
A conversa parou.
Os olhos da mãe se transformaram em pérolas de luz e duas lágrimas brilharam,
rolando pela face.
Ela estreitou seu
tesouro junto ao coração. E enquanto a pequena se acomodava para o sono, ela se
pôs a pensar:
Quantos
filósofos se detêm anos a estudar os mistérios da vida que nunca morre, da vida
que se repete na Terra, no espaço, em outros mundos.
Estudam
a doutrina secreta dos hindus, egípcios, gregos para encontrarem essas verdades
que, até hoje, muitos homens não admitem, considerando simples tolices.
No
entanto, a sua pequerrucha, na extraordinária sabedoria de um Espírito milenar,
revestido de carne, ali, descontraída e singelamente, sintetizara a trajetória
de dois Espíritos que se amam.
Dois
Espíritos que, possivelmente, estabeleceram laços de afeto há milênios e se
propuseram a prosseguir na conquista do progresso, assim, lado a lado. Ora como
mãe e filha. Ora... quem sabe como?
* * *
O maior Sábio que
já visitou a Terra, ensinou: Quem é minha mãe? Quem são meus irmãos?
E
olhando para os que estavam sentados à roda de si: Eis aqui, lhes disse, minha
mãe e meus irmãos. Porque o que fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, e
minha irmã e minha mãe.
Estabeleceu ali a
grande verdade de que todos somos uma grande e só família: a família universal.
Vamos estreitando
laços, estabelecendo pontes de amor e nos reencontrando, aqui, nesta vida;
acolá, na Espiritualidade e outra vez mais.
Pensemos nisso:
Quantos reencontros estamos tendo nesta vida?
Redação do Momento
Espírita, com base em fato e citação do Evangelho de Mateus, cap. 12,
versículos 47 a 50. Disponível no CD Momento Espírita, v. 29, ed. FEP. Em
19.7.2021.
Fonte: Momento Espírita
www.momento.com.br
Luz, Amor e Gratidão
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