Quando
um vírus desconhecido ganhou lastro por todos os continentes, instalou-se a
pandemia em nosso planeta.
Ele
se alastrou na velocidade de um mundo sem fronteiras e distâncias, globalizado
desde há muito.
Não
tardou para que novos hábitos e costumes se inserissem no nosso cotidiano,
exigindo atenção a detalhes antes desconsiderados.
Os
apertos de mãos, abraços e rostos sem proteção foram rareando, nos necessários
cuidados sanitários.
E
tivemos que nos isolar uns dos outros, permanecendo em nossos lares.
Rapidamente
passamos a comentar, nos noticiários e nas conversas informais, a respeito da
instauração de um novo normal.
Aquilo
que era tido como comportamento e atitudes normais, deviam, agora, ser
repensados, reelaborados, para se inserir em novo contexto.
Efetivamente,
é isso que a pandemia nos pede: uma reflexão, um novo olhar sobre o mundo e,
acima de tudo, sobre nós mesmos.
Será
que, efetivamente, o mundo estava em um estado normal? Será que nós estávamos
na normalidade?
Podemos
dizer que eram normais os nossos comportamentos ou os valores que conduziam
nossas atitudes?
Talvez
possamos pensar a esse respeito, antes de estabelecermos o nosso novo normal.
Há
mais de dois mil anos, um homem especial propôs um novo normal.
Ele
encontrou um mundo onde os poderosos sobrepujavam os fracos, onde a mentira
poderia construir impérios e onde os frágeis, débeis e doentes eram
desprezados, descartados.
Ele
nos aconselhou a amar aos inimigos, e mesmo orar por aqueles que nos perseguem.
Ensinou
que amar é uma questão de opção, e que a felicidade está na nossa capacidade de
amar ao próximo como a nós mesmos.
Apontou
que a ventura da vida se encontra em outros rumos, distante dos palácios e das
riquezas temporárias. Está na intimidade do coração.
Esclareceu
que Deus é Pai que nos ampara e provê a todas as nossas necessidades, porque
nos ama infinitamente, mesmo nos enganos e nos tropeços.
Cantou
as grandiosidades do Universo e a generosidade das Leis Divinas com
simplicidade, para que, de coração simples, pudéssemos entender.
Porém,
ao longo dos séculos, poucos nos convencemos de que era necessário estabelecer
esse novo normal.
Quase
todos permanecemos encastelados em nosso orgulho, cultivando atitudes egoístas.
Veio
a pandemia para nos despertar e provocar reflexões.
Agora,
sob os aguilhões da dor, não mais sob a bênção do amor, na doce proposta do
meigo Rabi Galileu.
Busquemos,
dessa forma, um novo normal. Mas que ele nasça não pautado apenas nos cuidados
sanitários do vírus que a ciência analisa e estuda.
Em
nossas almas, existem muitos vírus, que a ciência não detecta, mas que nos
adoecem: os vírus da indiferença, da maldade, do egoísmo e do orgulho.
Para
esse novo normal, que pretendemos construir, não permitamos todos esses vírus
em nossas almas.
Busquemos
a proteção para essas enfermidades, no tratamento maior que a figura
incomparável de Jesus nos propôs: Amar a Deus sobre todas as coisas, e
ao próximo como a nós mesmos.
Fonte: Momento Espírita
www.momento.com.br
Luz, Amor e Gratidão
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