Jesus havia
descido do monte onde, há pouco, Pedro, Thiago e João haviam presenciado o
fenômeno da transfiguração.
Quando chegaram à
multidão, aproximou-se-lhe um homem, pondo-se de joelhos diante dele, e
dizendo:
Senhor,
tem misericórdia de meu filho, que é lunático e sofre muito; pois muitas vezes
cai no fogo, e muitas vezes na água.
E
trouxe-o a teus discípulos, e não puderam curá-lo.
Eis que Jesus lhe
respondeu:
Ó
geração incrédula e perversa! Até quando estarei eu convosco, e até quando vos
sofrerei? Trazei-mo aqui.
Narra, então, o Evangelista Mateus que
Jesus repreendeu o Espírito mau que estava com ele e o Espírito o abandonou.
Os discípulos se
aproximaram de Jesus,
curiosos, e, em particular, lhe
perguntaram:
Por
que não pudemos nós expulsar o espírito mau?
Ao que o Mestre
lhes redarguiu:
Por
causa de vossa pouca fé. Porque, em verdade vos digo que, se
tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: passa daqui para
acolá, e há de passar. E
nada vos será impossível.
Finaliza Jesus a
lição, afirmando:
Mas
esta casta de demônios não é expulsa senão pela oração e pelo jejum.
* * *
Necessário serenar
a alma e as ideias preconcebidas, e refletir profundamente sobre a proposta de
jejum e oração oferecida pelo Rabi.
Será que Jesus, ao
propor o ato de jejuar, referia-se a deixar de se alimentar
regularmente?
Pois é assim que
muitos entendem até os dias de hoje. Por isso, faz-se mister que nos debrucemos
sobre a temática a partir deste ponto.
A proposição do
Mestre ia muito além da dieta alimentar.
Ele trazia a ideia
da abstinência moral, de abster-se de tudo aquilo que nos conduz aos excessos.
Fala Ele, assim,
de um jejum do comportamento doentio. Este é o único caminho para a libertação
das influências deletérias dos obsessores espirituais.
A oração é
primordial, pois nos liga ao Criador, nos
purifica os pensamentos e eleva a sintonia mental.
Junto dela, a
mudança de comportamento, de direção nos propósitos de vida é fundamental.
Os Espíritos
infelizes se ligam a nós através da sintonia com nossas misérias íntimas.
Se deixarmos de
cultivar tais misérias, se alterarmos a faixa mental, não haverá mais
compatibilidade nesse plug psíquico.
A privação das
ações negativas, dos desejos malsãos deve ser o jejum para a alma que deseja se
libertar de qualquer influência espiritual inferior.
A fé raciocinada e a ação no bem nos protegem
de tudo.
Não há o que
temer, quando as mãos estão perfumadas pelas flores do bem que deixamos pelo
caminho.
Não há o que
temer, quando o coração está aquecido pela certeza de que as Leis de Deus são
perfeitas, e que a Presença Divina é constante em nossas vidas.
Perante qualquer
dificuldade que venhamos a enfrentar, lembremos da lição do jejum e da
oração. Lembremos deste medicamento poderoso de que todos nós dispomos.
Redação do Momento Espírita.
Em 21.7.2021.
Fonte: Momento Espírita
www.momento.com.br
Luz, Amor e Gratidão
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