Era o dia 8 de
janeiro de 1942, dia em que o mundo lembrava os trezentos anos da morte de
Galileu Galilei. Em uma maternidade da cidade de Oxford, Inglaterra, nasceu um
menino que seria chamado Stephen.
Em plena Segunda
Guerra Mundial, a cidade de Oxford era segura devido a um acordo mútuo de não
agressão às cidades com grandes Universidades, firmado entre a Inglaterra e a
Alemanha.
Criado em Londres,
foi um garoto saudável, e de desempenho escolar regular, nunca ficando entre os
primeiros da classe.
Aos dezessete
anos, contra a vontade do pai, que o queria médico, Stephen Hawking iniciou o
curso de Física, seu grande sonho, em Oxford.
Durante o curso
universitário, começou a mostrar sintomas de uma estranha doença: lentidão nos
movimentos, quedas, dificuldades de fala. Aos vinte e um anos, o diagnóstico
sombrio: Esclerose Lateral Amiotrófica.
Essa doença
destrói os neurônios que controlam os movimentos, e os músculos vão paralisando
lentamente. É como uma sentença de morte sem data para acontecer,
escreveu ele.
O jovem, aturdido
pelo diagnóstico, encontrou apoio em sua namorada, que o incentivou a fazer o
doutorado e a procurar emprego, pois deveriam se casar.
Em sua tese
iniciou os estudos que comprovaram a teoria do Universo em expansão, a partir
de um ponto conhecido como Big Bang.
Casou-se e teve
três filhos. A lentidão física, segundo ele, lhe dava tempo para pensar mais.
Ganhou fama também
com o estudo dos buracos negros, publicando trabalhos científicos e livros que
o notabilizaram, enquanto seu corpo paralisava progressivamente.
No início do
livro Uma breve história do tempo, escreveu que, exceção feita à
sua doença, era feliz em todos os aspectos de sua vida, até mesmo por ter
escolhido uma profissão que só precisava do intelecto.
Chegou a escrever
que sua deficiência não lhe causara maiores problemas, tendo contado com
auxílio da família, dos colegas e alunos.
Após a perda da
capacidade de falar, se comunicava por meio de um dispositivo gerador de fala,
inicialmente através do uso de um interruptor de mão.
Mais tarde, usando
um único músculo da bochecha.
Nunca parou de estudar.
Desafiou a Medicina com sua longa sobrevida.
Desencarnou aos
setenta e seis anos de idade, depois de lutar contra sua doença por mais de
cinquenta anos.
*
* *
Pensemos quantos
de nós, frente ao mais leve sintoma de doença, cuidamos de nos afastar do
trabalho ou dos estudos, com atestados médicos de longa duração.
Quantos nos
aposentamos, de forma prematura, por esse ou aquele motivo e não voltamos a
estudar ou desenvolver algum trabalho dentro das novas condições físicas.
A doença pode ser
uma oportunidade de reflexão, uma oportunidade de superação, mas, nunca, uma
desculpa para desistir.
Que o exemplo
desse notável homem, que ocupou a cadeira de professor lucasiano de matemática,
na Universidade de Cambridge, anteriormente ocupada por Isaac Newton, nos sirva
de reflexão e de exemplo.
Pensemos na frase
por ele proferida: Quando temos de enfrentar a possibilidade de uma
morte prematura, nos damos conta do quanto vale a pena viver!
Redação do Momento
Espírita.
Em 22.4.2020.
Em 22.4.2020.
Fonte: Momento Espírita
http://momento.com.br/
Luz, Amor e Gratidão
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