Tudo tem o seu
tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu.
Há tempo de
nascer, e tempo de morrer. Tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se
plantou.
O trecho extraído
do livro bíblico Eclesiastes nos faz lembrar dos ciclos da
vida. Há um tempo para tudo.
Recorda-nos
igualmente que a existência, a vida, é como uma gleba, um terreno fértil que
todos recebemos ao nascer. Cada um pode plantar o que quiser, quando e como
quiser.
No entanto, as
leis universais nos falam que há também o tempo de colher, de arrancar o que se
plantou.
Tudo que se
planta, se colhe.
Um provérbio
oriental já dizia que o plantio é opcional, mas a colheita é obrigatória.
Desde o momento
que adquirimos consciência e responsabilidade pelos nossos atos, a semeadura se
torna, igualmente, consciente e responsável.
Quanto ao que
plantamos, consideremos que algumas sementes florescem rapidamente, outras não:
exigem anos, décadas, séculos.
Ao plantar um pé
de alface, por exemplo, poderemos colhê-lo em poucas semanas. O mesmo não
acontece com o café. Um pé de café leva anos para nos ofertar os primeiros
frutos.
Assim são nossas
semeaduras.
Ao semear simpatia
e gentileza no dia a dia, certamente verificamos os resultados em pouco tempo e
em muitos corações. São as sementes que brotam rapidamente em forma de
amorosidade que retorna a quem oferta.
Quando semeamos
alegria e otimismo onde estamos, podemos perceber, quase que de pronto, a
modificação nos ares que nos cercam.
Pensamentos
elevados, construtivos, transformam a psicosfera, purificam a estrada por onde
passamos.
Existem, no
entanto, os plantios de longo prazo.
A semeadura de
amor no coração endurecido de um filho exige cuidados permanentes, rega, poda,
iluminação e húmus enriquecido.
É semelhante ao
cultivo do pé de café. Poderão transcorrer anos, por vezes, sem vermos qualquer
resultado.
Há mães e pais que
não terão a oportunidade de colher os frutos nesta encarnação, pois sua missão
primeira é a da semeadura e a da manutenção do plantio.
São plantas que
desabrocharão mais tarde, depois de muito trabalho e dedicação, até de outros
jardineiros, quem sabe, pois tudo tem o seu tempo determinado: tempo de plantar
e tempo de arrancar o que se plantou.
Mas sempre é tempo
de plantar.
Uma terra ociosa é
uma terra inútil. Nela crescerá o joio indesejado que tomará o lugar dos belos
jardins.
Todos sonhamos com
a felicidade, e quem sabe seja essa a melhor colheita de todas.
Perguntemo-nos se
temos feito o nosso plantio. Temos realizado os devidos cuidados no cultivo?
Como sonhar com
maçãs se só deixamos crescer ervas daninhas em nosso quintal?
A vida é uma
gleba, um terreno fértil que todos recebemos para utilizar como bem quisermos.
A semeadura é livre, o cultivo é de responsabilidade só nossa. E a colheita é
certa, no seu tempo determinado.
Pensemos nisso,
hoje, agora.
Redação do Momento Espírita, com citação do livro bíblico Eclesiastes, cap. 3, versículos 1 e 2.
Em 24.4.2020.
Fonte: Momento Espírita
http://momento.com.br/
Luz, Amor e Gratidão
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