Paulo de Tarso, chamado de Apóstolo dos gentios, reconhecendo não poder
atender, pessoalmente, a todas as comunidades nascentes do Cristianismo,
escreveu-lhes cartas.
Nelas, orientava aqueles grupos a respeito de como deveriam realizar a
tarefa da divulgação do Evangelho de Jesus, tanto quanto estendia a
solidariedade, enviando mensagens de encorajamento.
Dirigindo-se aos Filipenses, escreve dizendo da saudade dos amigos, a
quem assegura amar.
E tece versos de verdadeira poesia em torno da alegria, rogando a todos
que se mantenham fiéis ao Senhor da Vida.
Alegrai-vos sempre no Senhor. E novamente vos afirmo: alegrai-vos!
Seja a vossa amabilidade conhecida por todas as pessoas. Não andeis
ansiosos por motivo algum; pelo contrário, sejam todas as vossas solicitações
declaradas na presença de Deus por meio de oração.
E a paz de Deus, que ultrapassa todo entendimento, guardará o vosso
coração e os vossos pensamentos em Cristo Jesus.
Conclui os seus escritos àqueles servos de Jesus, convidando-os a louvar
por tudo que for bom, verdadeiro, honesto.
Em síntese, traça um roteiro de vida, no qual não falta dizer das
necessidades e dificuldades que todos padecemos.
Externa sua gratidão por terem sido atenciosos para com ele. Afinal,
quem não precisa de cuidados, neste mundo?
Alguns de nós, às vezes, nos acreditamos autossuficientes, sem
necessitar de outros. Temos problemas, mas não dizemos a ninguém porque
pensamos em tudo resolver a sós.
No entanto, os grandes Espíritos, que andaram pela Terra, nos
exemplificam que todos necessitamos uns dos outros. É da lei de sociedade. É da
lei de amor.
O Apóstolo de Tarso ainda afirma, em sua carta, que não se acredita um
necessitado, porque aprendeu a viver satisfeito em toda e qualquer
circunstância.
Sabe o que é passar necessidade e o que é viver na fartura. Aprendi,
escreve ele, o mistério de viver feliz em todo lugar e em qualquer situação,
esteja bem alimentado, ou mesmo com fome.
Tendo muito ou passando privações. E afirma a sua fé, que isso tudo
proporciona: Tudo posso nAquele que me fortalece.
Mas enfatiza agradecimentos pelo que os amigos lhe enviaram, uma doação
que ele diz ter recebido como oferta de aroma suave.
Quantas lições para os dias atuais. Para as nossas vidas. Um convite à
fé. Um convite à alegria. Também à gratidão.
Sabermos ser gratos por tudo que temos. Ou pelo que nos falta.
Pelos amigos que nos suprem tantas necessidades, nos enxugam lágrimas,
nos oferecem o ombro amigo em dias de tempestade.
Sermos alegres pelo dia de sol, pela flor que desabrocha, pela cachoeira
que se precipita das alturas, quase ensurdecedora.
Sermos alegres por termos despertado no corpo de carne mais uma vez.
Pelo alimento que saboreamos. Por tantas pequenas coisas.
Um sorvete. O animal que vem ao nosso encontro, nos saudando.
Pela casa que temos, grande, média ou minúscula. Mas um lugar para
voltar.
Um lar onde nos aguardam nossos amores: pais, esposos, filhos, irmãos.
Ou simplesmente um cão.
Aprendamos a viver com fé e alegria. O dia apenas desperta. Tentemos.
Redação do Momento Espírita, com
base na Epístola aos Filipenses, cap. 4. Em 3.5.2019.
Fonte: Momento Espírita
www.momento.com.br
Luz, Amor e
Gratidão
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