Algumas estatísticas apontam que ao menos um terço da população do nosso
globo é cristã.
Cristão é quem segue o Cristo. O termo foi cunhado pelo Apóstolo Lucas,
a fim de identificar os que aderiam à Boa Nova, substituindo a denominação
anterior de homens do caminho.
Com esse número, é de crermos que essa massa qualificada deve fazer a
diferença no mundo. Isso porque a regra máxima do Cristianismo é Amar a Deus
sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.
Contudo, entre os que nos dizemos cristãos, quantos verdadeiramente
harmonizamos nossas ações às propostas do Cristo?
Quando levantamos pela manhã, por exemplo, qual é nosso primeiro
pensamento?
Lembramo-nos de, mesmo em uma frase rápida, agradecer o retorno ao corpo
físico, após o repouso noturno e pedir as bênçãos celestes para o dia que se
anuncia?
Ou será que nosso primeiro pensamento é para o trabalho árduo que
teremos que enfrentar e com isso, iniciarmos nossa gama de reclamações?
Um rol de reclamações no qual se inclui o ônibus totalmente lotado na
ida ao trabalho, as pessoas mal-educadas que não obedecem a fila, aqueloutras apressadas
que ficam na porta, criando obstáculos a quem precisa descer no ponto seguinte?
Ao tomarmos a primeira refeição, agradecemos o pão, o leite, o café? Ou
reclamamos por que falta o queijo, a manteiga, o iogurte, o cereal?
Lembramos de agradecer quem nos providencia a roupa ou somente
reclamamos por que a camisa não está bem passada ou aquela que queríamos vestir
hoje ainda está na lavanderia?
Enfim, o exame que devemos nos propor é: somos especialistas em
reclamação?
Verifiquemos que se primamos por reclamar de tudo e de todos, se vemos
defeitos em tudo que nos rodeia: do governo municipal ao nacional, da escola
pública à Universidade, da panificadora local ao grande mercado, com certeza,
nos tornaremos expert.
Expert na arte de reclamar, expert em poluir a psicosfera espiritual do
nosso bairro, da nossa cidade, do nosso país.
Em tempos em que falamos da transição pela qual passa o nosso mundo, em
que aguardamos o mundo novo, com menos violência e um tanto mais de cooperação
e paz, que estamos fazendo nós, os seguidores do Cristo?
Nosso compromisso é sermos o sal da Terra. O sal que com sua presença
minúscula confere um sabor especial aos dias terrenos.
Nosso compromisso é sermos a luz do mundo. Luz que deve iluminar os
ambientes em que trabalhamos, em que nos movemos.
Nosso compromisso é sermos o diferencial, aquele que exercita a
capacidade de descobrir o bem, o bom, o belo, em toda parte.
Entre as pedras da calçada não tão bem feita, descobrir a pequena flor,
que tenta abrir suas pétalas e mostrar a sua beleza.
Entre o caos do trânsito, ter o bom senso da paciência, e agradecer a
Deus por ter ouvidos para ouvir. Mesmo que sejam as buzinas impacientes dos
demais.
Ouvir apenas, não aderindo à mesma atitude.
Enfim, cumprirmos o que o Cristo espera de nós: a adesão às normas que
estabeleceu e espalhar o perfume da nossa presença amiga, acolhedora,
harmoniosa, onde quer que nos encontremos.
Pensemos nisso, enquanto o sol se espreguiça, as nuvens bocejam e o dia
deseja despertar...
Redação do Momento Espírita
Em 10.5.2019.
Luz, Amor e
Gratidão
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