domingo, 8 de março de 2020

Momento Espírita: BODAS DE OURO.


Nessa data, o casal festeja o aniversário da sua união e renova as promessas feitas ao se consorciarem.

Para cada aniversário de casamento foi associado um material e seu nome passou a representar a data. As bodas são comemoradas desde o primeiro ano - Bodas de Papel.

Porém, as mais festejadas são as de Ouro, quando o casal celebra cinquenta anos de união.

Para aquele casal, se aproximava essa data. E a senhora, preparando-se para o sono, começou a recordar tantas coisas do período vivido.

Sentiu muita alegria em perceber que trazia o peito repleto de gratidão.

Embalada pelas lembranças, adormeceu e sonhou. Via sua família reunida e alguém lhe perguntou:

Qual o segredo para manter um casamento por tanto tempo?

Nesse momento, numa grande tela se projetou a imagem de um amontoado de cavacos de lenha seca preparados para uma grande fogueira. E todos ouviram:

Quando acesas as achas, no auge do fogo, a fogueira lança fagulhas avermelhadas ao redor, atingindo distâncias.

Com a queima progressiva, o fogo gradativamente diminui, até se tornar um amontoado de cinzas.

Assim ocorre na vida onde nada acontece por acaso. Não foi, portanto, por acaso que o varão atravessara o Oceano Atlântico, em época de tantos riscos, e viesse encontrar, no interior de um Estado brasileiro, a sua amada.

Eram os gravetos de lenha que estavam se juntando para realizar a grande fogueira de mais uma experiência de vida.

O enfrentamento e adaptação a uma nova experiência necessita de calor para se amalgamar e solidificar.

O estrepitar das fagulhas é o ato de estender sentimentos abrigando na fogueira os demais gravetos que viriam empós: os filhos, os netos.

No transcorrer do tempo, podem surgir pequenas desavenças, abalando o relacionamento. Somente quando não existe o devido entendimento e paciência, acontecem as separações.

Quando o casal supera a fase que os testa com o calor das cobranças e o crepitar das fagulhas, o entendimento traz fôlego para continuar.

À medida que as paixões, tais como a lenha que queima vão arrefecendo, o fogo vai diminuindo, mostrando que na vida tudo obedece a ciclos naturais.

Vencer é assistir à queima das paixões estrepitantes, dos desejos desequilibrados, dos sonhos quiméricos, e continuar a se olharem nos olhos e se enxergarem como são.

Os que prosseguem unidos pelo compromisso é porque realizaram o grande esforço e fazem das cinzas o travesseiro morno e macio onde recostam as cabeças cansadas da lida.

Aos poucos a imagem foi se diluindo e a senhora despertou com a harmoniosa sensação de que tivera uma especial comemoração de suas Bodas de Ouro, durante o sono.

Ou talvez, fosse uma antecipação das alegrias que logo seriam reprisadas, em família, junto ao esposo amado, filhos, netos e bisnetos.

*   *   *

Por mais árdua se apresente nossa caminhada, façamos de cada dificuldade um passo na direção do melhor que temos e podemos.

O esforço é insignificante frente às bênçãos que poderemos usufruir.
Pensemos nisso!

Redação do Momento Espírita.
Em 7.3.2020.

Fonte: Momento Espírita
http://momento.com.br/
Luz, Amor e Gratidão
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