Em certa passagem do Evangelho segundo Mateus,
Jesus exorta Seus seguidores a que ajuntem tesouros no céu.
Diz que as conquistas da Terra sofrem os efeitos do
tempo e podem ser roubadas.
Enfatiza que os valores do céu são perenes e não
correm riscos.
Afirma, por fim que, onde estiver o tesouro de um
homem, aí estará também o seu coração.
Essa observação sinaliza que o coração e o tesouro
do homem estão sempre no mesmo lugar.
Pode ser entendida no sentido de que o coração
determina as conquistas que serão feitas.
Habitualmente se imagina que a razão guia o homem
em sua jornada.
Entretanto, não é a racionalidade que determina a
vida que se leva.
Esse papel condutor cabe aos sentimentos.
O tom da vida é dado pelos desejos profundos do
coração.
Ele é que confere valor ou desvalor a determinada
conquista ou situação.
O sentimento define quem o homem é e qual caminho
ele trilhará.
O coração estabelece os fins, ao passo que a razão
fornece os meios para os alcançar.
Conforme os anseios da alma, são diferentes os
caminhos.
Um homem pode desejar ficar rico.
Outro almejar viver grandes aventuras.
Um terceiro quer deixar bons exemplos para seus
filhos.
Uma vez definida a meta, o papel da razão é
identificar o melhor caminho.
Isso funciona em todos os setores da vida.
Por exemplo, na escolha da profissão.
O jovem, ao escolher entre as várias opções
disponíveis, costuma se indagar a respeito de seus gostos e talentos.
Alguns querem ser médicos, outros apreciam
matemática, outros ainda amam as artes.
Os sentimentos têm um papel central na vida humana.
Entretanto, de modo paradoxal, o intelecto tem
merecido maiores atenções da sociedade.
Os pais se preocupam em colocar os filhos nas
melhores escolas.
Essas se esmeram na elaboração de um currículo o
mais vasto possível.
Contudo, para além da instrução, é necessário
educação.
Ou seja, cuidar de retificar hábitos.
Mas a conduta somente é aperfeiçoada com sucesso a
partir do sentimento.
É muito difícil manter uma conduta divorciada dos
desejos do coração.
Sempre se tem um tom artificial, de coisa forçada.
Quando o coração participa, tudo se torna mais
fácil.
Um bom exemplo é dedicar-se a alguém querido.
Os pais são capazes de atos de grande
desprendimento em favor de seus filhos.
Justamente porque os amam, conseguem persistir em
cuidados exaustivos, que duram anos.
Desse modo, sem qualquer prejuízo para o cultivo do
intelecto, convém cuidar da emoção.
Prestar atenção nos próprios gostos e desejos,
identificar o que neles demanda correção.
Dedicar-se a curar feridas íntimas, a perdoar e a
pedir perdão.
Enamorar-se da ideia de ser digno e fraterno.
Uma vez estabelecido o sincero desejo do bem,
vivê-lo será simples e fácil.
Pense nisso.
Redação do Momento Espírita.
Em 1º.4.2020.
Em 1º.4.2020.
Fonte: Momento Espírita
http://momento.com.br/
Luz, Amor e Gratidão
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