Os Evangelhos nos permitem, a cada nova leitura,
mais profundas reflexões. Isso nos diz que os seus ensinamentos são
inesgotáveis, conclamando-nos à mudança de hábitos.
Relata o Evangelista Mateus que, em certa
oportunidade, os discípulos se achegaram a Jesus e lhe perguntaram: Quem
é o maior no reino dos céus?
Lembramos que anteriormente, o mesmo Evangelista
havia registrado a fala do Mestre de que, naqueles tempos, não havia alguém
maior do que João, o Batista.
Mas, enfatizara que, no entanto, ele era o menor no
reino dos céus.
Agora, Jesus chama para perto de si uma criança,
coloca-a no meio deles e ensina: Em verdade vos digo que se não vos
converterdes e não vos fizerdes como este menino, de modo algum entrareis no
reino dos céus.
O ensino é eloquente e, naturalmente, para todos os
que temos ouvidos de ouvir, ou seja, buscamos o entendimento maior, ele não
estava se referindo àquele menino em especial, mas às crianças.
Utilizou-o como exemplo, no sentido de que muito
devemos aprender com as crianças.
Os pequeninos têm a alegria como marca registrada.
Riem de tudo e de coisa alguma. Sorriem para a vida, a cada despertar, e
cumprimentam as horas que se iniciam com sua vivacidade.
Erguem-se da cama e começam a correr, a brincar, a
procurar o brinquedo que na véspera deixaram em algum lugar.
Antes mesmo de se alimentarem, saúdam o novo dia
afirmando, com sua forma de se expressar, a felicidade de acordarem na carne,
outra vez.
Buscam o que lhes dá prazer: o brinquedo, o jogo, o
filme. Esquecem mesmo de que devem se alimentar, como a registrar que, antes do
corpo, a alma deve ser alimentada.
As crianças são espontâneas: dizem o que lhes vai
na intimidade. Naturalmente, nosso viés de boas maneiras e de educação, nos
fará passarmos pelo filtro adequado as falas, em nossas relações interpessoais.
Porém, elas nos dizem que devemos ser menos
hipócritas, mais honestos com nossos familiares, amigos, companheiros de
trabalho.
Falam-nos de que os que convivem conosco são
credores da nossa delicada e honesta maneira de lhes dizer o que gostaríamos ou
se faz necessário alterem em sua forma de ser, de agir.
As crianças nos ensinam a sermos humildes. A
descobrirmos que, pequenos na alma, precisamos, como elas, de alguém que nos
eleve, a fim de que enxerguemos mais além.
Que imagem espetacular! Lembrarmos de que
necessitamos de muitas pessoas para nosso crescimento espiritual, para
dilatarmos os nossos horizontes.
Precisamos nos vestir de humildade para ouvir os
que sabem mais do que nós; os que têm experiência naquilo que planejamos fazer;
os que experimentaram e podem nos dizer que deve haver outra forma, melhor,
mais adequada, de chegar aonde queremos.
Humildade. Humildade para reconhecer nossas
próprias fraquezas. Humildade para pedir auxílio.
Humildade para reconhecer que não somos o único ser
sobre a face da Terra, detentor de todo o conhecimento. Que existem milhares de
seres neste planeta, que podem nos auxiliar a galgar mais alguns degraus na
escala da evolução.
Pensemos a respeito, ainda hoje, enquanto temos
tempo.
Redação do Momento Espírita,
com base no Evangelho de Mateus, cap.11, vers. 11 e no cap. 18, vers. 1 a
3.
Em 6.4.2020.
Em 6.4.2020.
Fonte: Momento Espírita
http://momento.com.br/
Luz, Amor e Gratidão
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