Quando nos encontramos no mundo espiritual e se
aproxima o dia da volta para um novo corpo de carne, a reencarnação, alguns de
nós nos sentimos um pouco temerosos.
É como se estivéssemos arrumando a mala para uma
longa viagem através de mar revolto. Não sabemos se chegaremos com êxito ao
final da travessia.
Normalmente, programamos alguns pontos dessa
experiência, antes de nascermos. Pontos importantes como, por exemplo, quem
serão nossos pais, onde renasceremos, qual a área profissional que abraçaremos,
entre outras questões.
Toda essa programação, estabelecida anteriormente,
dependerá do nosso livre-arbítrio, da nossa vontade para ser executada.
Por isso é uma programação e não uma determinação.
Dessa forma, poderemos seguir um caminho totalmente oposto ao que foi
delineado.
A programação sempre é feita obedecendo às leis
divinas. Teremos, nessa nova vida, o que necessitamos para nosso crescimento
espiritual. Nasceremos com as condições internas e externas propícias ao nosso
adiantamento.
Assim, partimos para essa viagem levando na bagagem
os recursos que conquistamos até aquele momento. Podemos dessa forma, entender
o dizer de Jesus: A cada um segundo suas obras.
Traremos na mala as conquistas feitas ao longo das
existências anteriores, sejam elas boas ou não. São as nossas aquisições.
No campo afetivo não é diferente. Teremos ao nosso
lado as pessoas que conquistamos, seja pelo afeto ou pelo desafeto.
Riqueza ou pobreza, cérebro privilegiado ou
eventuais deficiências estarão na linha dessa programação.
É importante, portanto, que lutemos por sairmos
vitoriosos dessa empreitada.
É importante que nos esforcemos para vencer as más
inclinações, resultantes de séculos de hábitos equivocados.
Renascemos para sermos vencedores, jamais
derrotados. Contudo, muitos voltamos para a pátria espiritual, depois de uma
vida mais ou menos longa, como vencidos.
Isso porque, além de não reciclarmos a bagagem
indesejável que trouxemos, adicionamos mais alguns entulhos.
Vale a pena meditarmos a respeito dessa
oportunidade bendita que é viver na Terra.
Vale a pena procedermos a uma limpeza em nossa
bagagem, jogando fora o orgulho, carga perniciosa que só pesa em nossa economia
moral.
Vale nos livrarmos do egoísmo, bagagem
excessivamente pesada e perigosa.
Importante nos desfazermos do ódio, da inveja, da
ingratidão, da preguiça, e de tantos outros entulhos indesejáveis que ainda
guardamos muito bem nos compartimentos da nossa intimidade.
Se nossa bagagem não está muito fácil de carregar,
construamos um novo futuro, trabalhando virtudes que nos garantam outra viagem
menos penosa.
* * *
Nossa felicidade, presente e futura, depende
exclusivamente de nós mesmos.
Às vezes, preferimos os gozos imediatos em vez de
realizarmos um investimento que nos traga bons resultados a longo prazo.
Se quisermos colher bons frutos, temos que proceder
como o agricultor sábio e previdente.
Preparar o solo, selecionar boas sementes,
plantá-las e esperar que germinem. Enquanto isso colhemos as safras plantadas
anteriormente.
Pensemos nisso.
Redação do Momento Espírita.
Em 16.7.2020.
Fonte: Momento Espírita
http://momento.com.br/
Luz, Amor e Gratidão
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