Há de chegar um tempo em que o Brasil de todos nós
será um país de paz.
Um país onde não haja a miséria de recursos
amoedados, nem a ignorância das letras.
Onde todos trabalhem e haja trabalho para todos. Os
que não necessitem dos valores salariais, trabalhem pelo bem geral, em
voluntariado de amor.
Há de chegar um tempo em que derrubaremos os muros
dos quintais, não mais cultivando o medo. E abraçaremos o vizinho como um
irmão.
Um tempo onde as crianças voltem a correr pelos
parques, nos dias de sol. Crianças que possam ir e vir das escolas, sozinhas ou
em grupos, enchendo as ruas de risos, corridas, alegria.
Ah, Brasil, como te desejo grande! Maior do que teu
território. Um Brasil sem fronteiras internas, onde os filhos do Norte e os do
Sul falem a mesma linguagem, a do bem.
Onde os sotaques, os regionalismos sejam
preservados, como essa diversidade sadia, característica do grande mundo de
Deus.
Mas onde o idioma único seja o da fraternidade.
Irmãos do Leste e do Oeste trabalhando pela mesma grandeza da nação.
Haverá de chegar um tempo, que pode ser já, se você
e eu começarmos hoje a estender a mão ao vizinho e o saudar com um Bom
dia, amigo!
Um tempo em que os estádios ficarão lotados com
pessoas cujo objetivo é assistir um bom jogo de futebol. Um jogo onde o
importante não será quem leve a taça, mas aquele que demonstre a mais apurada
técnica, a melhor habilidade e a mais fina ética.
Um tempo em que as salas de teatro se abram para
todos, crianças, jovens, adultos, idosos para assistir o drama e a tragédia em
elaboradas peças. Assistir o cômico, rindo com prazer.
Também para ouvir a música dos imortais, o cancioneiro
popular, as baladas do coração.
Haverá de chegar um tempo em que música também se
ouvirá nas praças, nos parques, nas estações de trem, nos terminais de ônibus.
Então, em vez de ansiedade e preocupação, a alma se
extasiará com a harmonia das notas, em escalas crescentes e decrescentes, com
as melodias compostas com a mais delicada sensibilidade.
Quisera que esse dia chegasse logo para não mais
ver lágrimas de mães pranteando filhos prisioneiros, mas sim deixando escorrer
o pranto da emoção pelas conquistas dos seus rebentos.
Quisera que esse dia chegasse logo para ver mais
sorrisos e menos dores; mais justiça e menos demagogia.
Quisera que esse dia chegasse logo para, no dia da
Pátria, contemplar com emoção o pavilhão nacional tremular ao vento, mostrando
suas cores, com especial destaque para o branco da paz.
E, então, cantar o hino pátrio com todo vigor:
Terra adorada,
entre outras mil,
És tu, Brasil, ó
pátria amada!
Dos filhos deste
solo, és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!
Redação do Momento Espírita. Disponível no CD
Momento Espírita v. 33, ed. FEP. Em 15.7.2020.
Fonte: Momento Espírita
http://momento.com.br/
Luz, Amor e Gratidão
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