Por vezes nos sentimos impotentes diante das
próprias limitações.
Desejamos fazer tanta coisa, de mudar as situações
que nos infelicitam e fazem sofrer aqueles que nos rodeiam, mas não logramos
sequer dar o primeiro passo.
Os problemas do mundo são tantos que temos a
impressão de que não há nada que possamos fazer, considerando a nossa pequenez.
Talvez já tenhamos pensado em desistir do bem e
deixar que as coisas sigam ao sabor dos ventos...
No entanto, nunca desistamos do bem.
Há dias em que desejamos ser um grande e produtivo
pomar para atender a fome de muitos.
Ante a dificuldade de consegui-lo, tornemo-nos uma
árvore frondosa e acolhedora, que produza flores e frutos.
Por vezes, pensamos em como seria bom sermos uma
fonte cristalina.
Não podendo, transformemo-nos num vaso de água
fresca e aplaquemos a sede de alguém.
Desejamos ser uma montanha elevada a apresentar
horizontes infinitos ao homem que a conseguisse escalar.
Diante da impossibilidade, sejamos um degrau
humilde para a ascensão de quem ambiciona a glória estelar.
Pretendemos ter um sol no coração, a fim de clarear
a estrada dos viajantes da noite.
Em face do impedimento, acendamos uma lâmpada de
esperança no caminho de um desalentado.
Almejamos ser um jardim de bênçãos para o
enriquecimento da paisagem dos homens.
Não o conseguindo, convertamo-nos numa flor,
abençoando com nosso perfume, a estrada dos desesperados.
Ambicionamos as gemas preciosas do seio generoso da
terra, a fim de diminuir a dor e a miséria dos caminhantes da aflição.
Não as possuindo, distendamos a palavra de
renovação como pérola de inigualável valor, erguendo quem se recusa a levantar
para prosseguir na luta.
Pensamos em escrever poemas de engrandecimento à
vida, enriquecendo as mentes e os corações com painéis de luz e sabedoria.
Na impossibilidade de fazê-lo por nos faltarem os
requisitos essenciais, escrevamos uma mensagem singela com expressões de amor,
a quem se encontra na curva da queda e perdeu a confiança na afeição dos
outros.
Esperamos a melhoria das criaturas e do mundo...
Decepcionados por não poder alcançar essa difícil
meta, coloquemos no altar dos sentimentos um santuário à fraternidade e ao dever
superior.
Não desistamos do bem, não desfaleçamos no bem, não
duvidemos da vitória do bem.
Sejamos uma expressão do bem em triunfo, mesmo
convertidos num grão de mostarda que, todavia, produzirá estímulos vigorosos
para o bem de todos.
Seja qual for a situação, jamais desistamos de
fazer o bem.
Jamais duvidemos da força do bem, porque o mal não
tem vida própria. Ele só se insinua quando o bem não está presente.
O mal, assim como a sombra, bate em retirada aos
primeiros raios de luz.
* * *
Façamos o bem em toda parte com as mãos e
com o coração, orando e esclarecendo, a fim de que o trabalho da verdade
fulgure em nossos braços como estrelas brilhantes.
Ampliemos as nossas disposições íntimas,
dirigindo-as para o bem e não nos preocupemos senão com a semeadura de bênçãos,
pelo caminho.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 8, do
livro Momento de decisão, pelo Espírito Marco
Prisco, e no verbete, Bem, do livro Repositório de
Sabedoria, v. I, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira
Franco, ed. LEAL.
Em 27.7.2020.
Fonte: Momento Espírita
http://momento.com.br/
Luz, Amor e Gratidão
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