No dia 23 de novembro de 1793, em discurso na
Catedral de Notre-Dame, em pleno coração de Paris, diante de muitas pessoas, um
cientista proclamou a desnecessidade de Deus.
Pensadores acreditavam, naqueles dias, que Deus era
totalmente dispensável. Para a Humanidade, bastavam a razão e o bom senso para
que tudo se explicasse de maneira satisfatória.
E porque a ousadia do homem não tivesse limites,
ordenou-se que fossem apagados todos os sinais de Deus, que se julgava fossem
os templos religiosos.
Num final de tarde, quando os destruidores chegaram
para colocar por terra as paredes de uma das igrejas, se depararam com o velho
jardineiro que cuidava das flores.
Ao vê-los chegar, perguntou curioso por que estavam
ali com tantas ferramentas.
Um dos indivíduos lhe respondeu com ousadia: Viemos
aqui para apagar, de vez, os sinais de Deus da face da Terra.
O jardineiro, olhou admirado para o grupo e
perguntou: E onde estão as escadas?
O rapaz inquieto, retrucou: Para que
precisamos de escadas?
A resposta foi sábia: Se vocês querem
apagar os sinais de Deus precisarão de uma escada. E de uma escada muito alta,
a fim de que possam apagar as estrelas.
* * *
Muitos homens, quando adentram o campo das
ciências, sem entendê-las em profundidade, tornam-se ateus, por acreditarem que
descobriram todos os mistérios do Universo.
Aqueles que penetram profundamente as ciências com
humildade e vontade entendem os mecanismos que regem a vida, reconhecem a
necessidade lógica da existência de uma Inteligência que em tudo pensa e a tudo
coordena no Universo.
Um conceituado biólogo escreveu um livro
fantástico: O homem não está só. Nesse livro, cita vários
motivos pelos quais ele crê em Deus.
Um deles é o fato de a distância que medeia entre o
sol e a Terra estar matematicamente calculada, o que não poderia ser obra do
acaso.
Se o sol não estivesse a cento e cinquenta milhões
de quilômetros da Terra, mas apenas a metade dessa distância, não haveria
possibilidade de vida porque as altas temperaturas a tudo aniquilariam.
E se a distância fosse 50% a mais, a vida também
seria impossível devido à falta de luz e calor.
Se os meteoros, que caem diariamente, não fossem
ralados pela atmosfera, que tem sessenta quilômetros, a vida na Terra seria
impossível, pois os incêndios fariam tudo arder.
Esses, entre outros tantos exemplos, provam que
tudo está matematicamente calculado.
Há uma Inteligência Suprema por trás de cada
fenômeno da natureza. E é a essa Inteligência que chamamos Deus.
Na grande marcha progressiva do homem, houve um
tempo em que os cientistas acreditavam que o Universo era uma grande máquina.
Após apuradas pesquisas nas áreas da astrofísica,
da biologia, da embriogenia entre outras, os homens chegaram à conclusão de que
o Universo é um grande pensamento.
* * *
Não há efeito sem causa. Procuremos a causa de tudo
o que não é obra do homem e a razão nos responderá.
O Universo existe e tem uma causa. Duvidar dessa
causa, que é Deus, é admitir que há efeito sem causa e aceitar que o nada pôde
fazer alguma coisa.
Pensemos nisso.
Redação do Momento Espírita, com base no item 4 de O livro dos
Espíritos, de Allan Kardec, ed. FEB.
Em 23.7.2020.
Fonte: Momento Espírita
http://momento.com.br/
Luz, Amor e Gratidão
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