Por vezes, você caminha pela vida com o olhar
voltado para o chão, pensamento em desalinho, como quem perdeu o contato com
sua origem divina.
Olha, mas não
vê... Escuta, mas não ouve. Toca, mas não sente...
Perdido na névoa
densa, que envolve os próprios passos, não percebe que o dia o saúda e convida
a seguir com alegria, com disposição, com olhar voltado para o horizonte
infinito, que lhe acena com o perfume da esperança.
Considere que seu
caminhar não é solitário e suas dores e angústias não passam despercebidas
diante dos olhos atentos do Criador, que lhe concede a dádiva de viver.
Sua vida na Terra
tem um propósito único, um plano de felicidade elaborado especialmente para
você.
Por isso, não
deixe que as nuvens das ilusões e de revoltas infundadas contra as leis da vida
tornem seu caminhar denso e lhe toldem a visão do que é belo e nobre.
Siga adiante
refletindo na oportunidade milagrosa que é o seu viver.
Inspire
profundamente e medite na alegria de estar vivo, coração pulsante, sangue
correndo pelas veias e você, vivo, atuante, compartilhando deste momento do
mundo, único, exclusivo. E você faz parte dele.
Sinta quão
delicioso é o aroma do amanhecer, o cheiro da grama, da terra após a chuva, do
calor do sol sobre a sua cabeça ou da chuva a rolar sobre sua face.
Sinta o imenso
prazer de estar vivo, de respirar. Respire forte e intensamente, oxigenando as
ideias, o corpo, a alma.
Sinta o gosto pela
vida. Detenha-se a apreciar as pequeninas coisas que dão sentido à vida.
Aquela flor miúda
que, em meio à urze sobrevive linda, perfumosa, a brilhar como se fosse grande.
Sinta-se vivo ao
apreciar o voo da borboleta ou do pássaro à sua frente.
Escute os barulhos
da natureza, a água a escorrer no riacho ou simplesmente aprecie o céu, com
suas nuvens a formar desenhos engraçados, fazendo e desfazendo-se sob seus
olhos.
Quão maravilhosa é
a vida!
Mas, se o céu
estiver escuro e você não puder olhá-lo, detenha-se no micro-universo. Olhe
para o chão.
Quanta vida há no
chão...
Minúsculos seres
caminhando na terra, na grama...
A formiga na sua
luta diária pela sobrevivência...
A aranha a tecer
sua teia, caprichosamente. Tantas coisas para ver, ouvir, sentir, cheirar, para
fazer você se sentir vivo.
Observar a
natureza é pequeno exercício diário que fará você relaxar, esquecer por
instantes as provas, ora rudes, ora amenas, que a vida lhe impõe.
Somos caminhantes
da estrada da reencarnação somando virtudes às nossas vidas ainda medíocres mas
que se tornarão luminosas e brilhantes.
Aprenda a dar
valor à dádiva da vida. Isso fará o seu dia se tornar mais leve e, em silêncio,
sem palavras, sem pensamentos de revolta, você terá usufruído um momento de
louvor a Deus.
Aprenda a
silenciar o íntimo agitado e a beneficiar-se das belezas do mundo que Deus lhe
oferece.
A sabedoria hindu
aprecia, na natureza, o que Deus desejou para ela: que fosse aliada do homem no
seu progresso, oferecendo o alimento, dando-lhe os meios de defender-se das
intempéries.
E, sobretudo,
sendo o seu colírio diário suavizando as aflições da vida.
Pense nisso, e
aprenda a dar graças pela dádiva de viver.
Redação do Momento
Espírita, com base em mensagem do Espírito Stephano, psicografia de
Marie-Chantal Dufour Eisenbach, na Sociedade Em 13.7.2020.
Fonte: Momento Espírita
http://momento.com.br/
Luz, Amor e Gratidão
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