Os
que vivemos no Século XXI, possivelmente nunca fomos convidados a permanecer em
nossos lares por período tão longo.
E
se o lar é o resultado do afeto, dos gestos de carinho, o somatório de mil
nadas que são extraordinariamente importantes, a casa é a construção que nos
abriga.
Uns
vivemos em uma enorme mansão, com muitos quartos, biblioteca, escritório, uma
varanda em que nos estiramos, nos dias de calor, para assistir o pôr do sol.
Outros
moramos em um apartamento pequeno, com coisas em cima umas das outras por total
falta de espaço.
Nossa
casa. Nosso abrigo.
Como
tudo na vida, por vezes, cansamos do visual. Sobretudo, agora, com tantas horas
em casa, vendo tudo igual todos os dias.
Quando
saíamos pela manhã e voltávamos à noite durante seis dias na semana e no
sétimo, saíamos a passear, nem nos dávamos conta de como tudo era tão igual em
nossa morada.
E
cansativo. Mas, comprar móveis novos, nem pensar. O salário ficou menor, os
preços aumentaram. É preciso economizar porque o dia de amanhã se mostra incerto
com tantas dispensas nas empresas e escritórios.
Que
tal mimarmos a nossa casa?
Ela
retrata quem somos e como apreciamos a vida. Alguns de nós gostamos dela meio
bagunçada, com almofadas, livros e brinquedos espalhados e meio esquecidos pelo
chão.
Outros
apreciamos a casa toda organizada, tudo no lugar. Podemos esquecer que exista a
casa perfeita.
A
melhor casa é aquela em que nos sentimos bem. Olhamos para a mesa da cozinha e
encontramos algumas manchas de algo que as crianças derramaram.
Na
sala da televisão, o controle vive perdido, ora sobre o próprio aparelho, ora
em local que nunca lembramos.
Convenhamos,
isso dá sabor ao lugar.
Mas,
se estamos cansados do mesmo visual, inovemos.
Troquemos
os móveis de lugar, demos uma pintura na parede do quarto, coloquemos uma
toalha diferente na mesa da sala. Troquemos a estampa de uma almofada.
Casa
mimada exige um vaso de flor num canto especial. Uma rosa em um vaso solitário
falando de beleza e perfume, na estante de livros.
Casa
mimada pede detalhes, pequenos, imperceptíveis, mas importantes. Arrumar
imagens na parede, trocar as fotos que estão nos porta-retratos há tanto tempo.
Casa
mimada exige cuidados de meia hora ou de uma tarde inteira. Cada um tem seu
tempo, suas ideias, sua forma de arrumar ou desarrumar para tudo ficar
diferente.
Rechear
a geladeira com uma sobremesa especial, fazer o forno do fogão cozinhar um bolo
cheiroso fazem parte dos mimos para a nossa morada.
Aromas
convidativos espalhados no ambiente.
Flores
aqui, pipocas esquecidas no sofá onde a criançada assistiu o filme, colcha da
cama desarrumada porque alguém foi tirar a soneca da tarde e deixou a sua marca
por lá.
Casa
mimada, casa aconchegante. Nosso lugar de viver bem, mesmo que tenha um cão que
deixe seus pelos por todos os cantos, como se fosse um tapete de cor caramelo.
E
que importância tem que o chão esteja todo marcado com as unhas dele,
derrapando nas corridas pela casa?
Importante
é nos sentirmos bem em nossa casa mimada.
Fonte: Momento Espírita
www.momento.com.br
Luz, Amor e Gratidão
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