Conta-se que nas Ilhas Salomão, no
Pacífico Sul, os nativos descobriram um jeito inteiramente diferente de
derrubar árvores.
Se algum tronco é grosso demais para
ser abatido com os seus machados, eles o derrubam no grito.
Isso mesmo, no grito. Lenhadores sobem
na árvore toda manhã bem cedinho e se põem a gritar.
Repetem o ritual durante trinta dias. A
árvore morre e cai por terra. Segundo eles, o método nunca falha e a
explicação, também segundo os nativos, é que, gritando, eles matam o espírito
da árvore.
Os civilizados logo pensam que se eles
dispusessem de tecnologia moderna, poderiam simplesmente derrubar a árvore com
máquinas poderosas, rapidamente e de forma mais eficiente.
Entretanto, a técnica desses nativos
nos leva a pensar em como nós ainda utilizamos o grito em nossas vidas.
Gritamos no trânsito, quando um
motorista desatento executa alguma manobra infeliz, dificultando a nossa livre
circulação.
Gritamos no jogo de futebol, com o
juiz, o bandeirinha, o jogador, e até mesmo com a bola que parece desviar do
gol só para nos provocar.
Falamos alto com o segurança do banco
porque a porta giratória nos impede a entrada. Xingamos o caixa do supermercado
porque é muito lento, porque não empacota a mercadoria, porque nos fornece o
troco errado.
Brigamos com os aparelhos
eletrodomésticos porque não funcionam direito.
Em casa, muitas vezes, ao chamarmos a
atenção para o que está errado, esquecemos de controlar o volume da voz e
falamos alto demais com nossos filhos, com a esposa, com nossos irmãos.
Quase sempre gritamos com as crianças
quando estão fazendo alguma traquinagem. Contudo, o grito, além de não educar,
assusta.
Podemos imaginar os distúrbios
provocados no organismo frágil dos pequenos, com um grande susto?
Com os colegas de trabalho, é comum
exagerarmos no tom da voz apenas para dizer que determinada tarefa deve ser
refeita.
Em locais públicos, como restaurantes,
lanchonetes, quando em grupos, nos esquecemos do respeito que devemos às
pessoas, e nos permitimos gargalhar, falar alto demais. E nem nos damos conta
do quanto a nossa algazarra perturba os ouvidos alheios.
Tudo isso nos faz reflexionar. Se os
nativos das Ilhas Salomão descobriram que as árvores são sensíveis aos gritos,
que dizer dos seres humanos!
Pensemos: com gritos e gargalhadas,
perturbamos ambientes e pessoas. Com palavras grosseiras, ditadas pela nossa
impaciência, podemos partir corações que nos amam ou criar inseguranças em
filhos pequenos, que passam a nos temer, em vez de respeitar.
* * *
No trato pessoal, a fala desempenha
papel importante.
A magia da voz é daquelas que não deve
ser esquecida por todos os que se acham envolvidos nas lides humanas, escutando
os diversos corações.
Por isso, utilizemos a palavra para
construir, edificar, com o objetivo de fazer a vida brilhar.
Falemos com valor, falemos com amor,
para que sejamos felizes e façamos os demais também felizes.
Não nos esqueçamos de que a gentileza e
o respeito no trato pessoal também significam caridade.
Redação do Momento Espírita com base em
artigo de Robert Fulghum, da Revista Presença Espírita, nº 222, ed. LEAL;
pensamentos do cap. 28, do livro Sinal verde, pelo Espírito André Luiz,
psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. CEC e pensamentos do cap. 22, do
livro Vozes do infinito, por Espíritos diversos, psicografia de Raul Teixeira,
ed. FRÁTER. Em 17.8.2019.
Luz, Amor e Gratidão
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