No nosso dia a dia nos deparamos, muitas vezes, com a oportunidade de consumirmos produtos, que estão expostos nas vitrines, nas gôndolas, nas propagandas.
O mercado nos
oferta uma infinidade de produtos e serviços.
Mas já pensamos o
que significa o consumo?
Para o sociólogo
polonês Zygmunt Bauman, ele é necessário para a manutenção da vida.
Enquanto
estivermos neste planeta, precisaremos consumir bens e serviços porque, na
sociedade em que vivemos, não produzimos tudo o que precisamos para nossa
subsistência.
Há uma
interdependência entre todos nós, cada um produzindo parte dos bens e serviços
necessários para o conjunto da sociedade.
Contudo, será que
consumo é o mesmo que consumismo?
Na verdade, são
coisas diferentes. Consumismo é quando situamos a nossa preocupação no consumo,
fazendo dele o centro dos nossos interesses.
O consumismo vai
além do que é necessário. Está relacionado com a moda, com o impulso de
comprar, com o desejo de possuir bens materiais, com a vontade de mostrar esses
bens a outras pessoas.
Também à forma
como usamos nossos recursos e nossos pensamentos para a aquisição de bens
materiais.
Façamos um pequeno
exercício. Ao sair para as compras, antes de adquirirmos um produto,
perguntemos a nós mesmos: Preciso realmente disso?
Não
tenho em casa um parecido? Será útil ou ficará guardado em algum lugar e depois
descartado?
As respostas podem
nos ajudar no entendimento do que é realmente necessário e do que seja
supérfluo em nossas vidas.
Lembremos que
somente nos pertence, verdadeiramente, aquilo que nos é dado levar deste mundo.
Portanto, não
temos a propriedade dos bens terrenos, somos somente seus usufrutuários.
Isso nos diz que
devemos usar da melhor forma possível esses bens, analisando as razões que nos
levam a adquiri-los.
Necessário também
repensar os efeitos desses bens para a coletividade, inclusive refletindo sobre
as condições de trabalho em que eles são produzidos.
Afinal, a
propriedade só é legitimamente adquirida quando, da sua aquisição, não resultar
dano para ninguém.
Dessa forma,
cabe-nos igualmente responsabilidade a respeito.
Por fim,
sirvamo-nos do que nos seja necessário. Fora disso, reeduquemo-nos e
contenhamos nosso consumismo.
Reaprendamos a
comprar, a adquirir, agindo menos por impulso e por ideias alheias.
E nos empenhemos
em fazer prosperar em nós os bens que tenham a ver com as aquisições da alma,
isto é, a inteligência, os conhecimentos e as qualidades morais.
São esses valores
que levaremos conosco para a vida futura. Eles nos proporcionarão o
desenvolvimento e o progresso, além de contribuir para a melhoria da vida em
sociedade.
Trata-se de
trabalharmos para aquisição da verdadeira propriedade.
Foi o Mestre de
Nazaré que nos advertiu para que conquistássemos os tesouros do céu, aqueles
que a traça não consome, a ferrugem não corrompe e os ladrões não roubam.
Pensemos nisso.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 17, do livro 44 Cartas do Mundo
Líquido Moderno, de Zygmunt
Bauman, ed. Jorge Zahar; no item 9 do cap. XVI do livro O
Evangelho segundo o Espiritismo, de
Allan Kardec, ed. FEB e no Evangelho de Mateus, cap. 6, vers. 19.
Em 9.11.2020.
Fonte: Momento Espírita
www.momento.com.br
Luz, Amor e Gratidão
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