A décima sexta
edição do Prêmio Innovare, em 2019, premiou a iniciativa da
Penitenciária Regional de Curitibanos, em Santa Catarina.
Com um trabalho
iniciado há uma década, o Projeto Ressocialização no Sistema Prisional,
conta com o apoio de onze empresas.
Tudo começa com a
aprendizagem de uma profissão.
As fábricas,
construídas dentro do presídio, empregam cem por cento dos detentos. Seus
salários se destinam parcialmente à manutenção da unidade prisional.
Os que cursam
Ensino Superior à Distância pagam o próprio curso.
Com o tempo
empregado entre trabalho e estudo acabaram as tentativas de rebelião e de fuga.
Também com esses itens associados, naturalmente diminui a reincidência no
crime.
Trata-se de um
ganho para todos: os empresários que investiram na ideia, o Estado, o detento,
a sociedade.
* * *
Em essência, é o
que todos desejamos. Que o ser humano se reformule, seja produtivo, opere para
o bem geral.
Quanto mais homens
com as mãos no trabalho, que enobrece a criatura, melhor será a sociedade.
Quem produz para o
próprio sustento, para sua família, somente terá olhos no futuro promissor.
E não constituirá
peso a ninguém.
Deus fez o homem
para viver em sociedade. Essa é uma lei natural.
Também para o
trabalho, lei igualmente natural, divina, que é uma necessidade para o corpo e
para o Espírito.
As leis humanas
tendem a se renovar conforme as necessidades, sendo preciso surgir diretrizes
para alcançar novos e positivos resultados em parâmetros mais dignos.
Quando vemos um
exemplo, como o relatado, alcançando êxito, alimentamos a esperança de um mundo
mais justo e pacífico, a breve tempo.
Em se falando de
progresso sabemos que o homem se desenvolve por si mesmo, naturalmente.
Mas, nem todos progridem simultaneamente e do mesmo modo.
Por isso, cabe aos
mais adiantados auxiliar o progresso dos outros, por meio do contato social.
Somos todos irmãos
perante Deus e é dando-nos as mãos nesta caminhada, que chamamos de vida na
Terra, que venceremos a jornada.
Vivemos os tempos
em que, em breve, deverá reinar a grande fraternidade entre todos os homens.
Cabe-nos trabalhar
no sentido de diminuir as diferenças entre nós.
Aos considerados
criminosos podemos iniciar lhes enviando o socorro das nossas preces.
E se pudermos
fazer algo mais, engajemo-nos em alguma atividade que permita lhes cheguem
palavras de consolo, de encorajamento, de amor.
São, com certeza,
criaturas infelizes por se encontrarem no erro.
Nossas preces e
nossas atitudes os poderão tocar de arrependimento e levá-los a se
transformarem.
Como todas as
almas, eles foram, igualmente, criados para o aperfeiçoamento.
Compete-nos
colaborar para que saiam do lameiro em que se precipitaram.
Trabalhemos nesse
sentido, próximos ou à distância.
Afinal,
anunciam-se os tempos em que neste planeta reinará a grande fraternidade.
Tempos em que todos obedecerão à lei do Cristo.
Pensemos nisso.
Trabalhemos para isso.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. XI, item 14,
de O Evangelho segundo o Espiritismo, e na questão 779, pt. 3, cap. VIII,
de O livro dos Espíritos, ambos de Allan Kardec, ed. FEB.
Em 21.11.2020.
Fonte: Momento Espírita
www.momento.com.br
Luz, Amor e Gratidão
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