Em
bela passagem evangélica, é narrado que um doutor da lei indagou ao Mestre de
Nazaré o que deveria fazer para conquistar a vida eterna.
Ora, a lei
estabelecia que era preciso amar o Senhor Deus, de todo o coração e de toda a
alma. De todas as forças, e de todo o entendimento.
Finalmente, ao
próximo como a si mesmo.
A sabedoria
crística aconselha: Faze isso e viverás.
A questão era
saber quem era o próximo a ser amado. Então, o Grande Mestre narra a parábola
do bom samaritano.
Aquele que, vendo
o homem caído na estrada, vítima de ladrões, sentiu-se movido de íntima
compaixão.
O grande detalhe
assinalado por Jesus é o sentimento. Para servir ao outro é preciso ter
empatia, é preciso sentir com Ele, é preciso penetrar na sua dor.
E o ensino
seguinte é que nosso próximo é aquele que está no nosso caminho.
Nesses parâmetros,
cabe-nos pensar em quem está mais próximo de nós.
Por vezes, nos
envolvemos em campanhas nobres, que objetivam atendimento a pessoas muito
distantes.
Com certeza,
louvável. No entanto, não esqueçamos do nosso próximo mais próximo. Nossos
familiares.
Tenhamos nosso
olhar sobre nossos cônjuges e nossos filhos, que nos requisitam afagos.
Ternura que se
traduz em abraços, beijos, aconchego. Também nos cuidados com a sua manutenção,
suas necessidades materiais.
Para com os filhos
temos o compromisso da educação. Igualmente da instrução. Quanto lhes podemos
oferecer?
Nesse cômputo, não
podemos esquecer dos autores das nossas vidas.
Aqueles que nos
possibilitaram a entrada no mundo físico, elaborando-nos um corpo. Aqueloutros
que nos abraçaram como filhos, em qualquer etapa da jornada e se desvelaram por
nós.
Quanto do nosso
carinho nos requerem. Importante verificarmos onde vivem, como vivem, de que
precisam para terem seus dias mais amenos.
Eles nos aguardam
o afeto, a visita, o atendimento às suas vidas.
Deram-nos tanto.
Justo que, avançados nos anos, sejamos nós os que os amparemos.
E nossos irmãos
consanguíneos? Não foi o acaso que assim nos reuniu. Isso nos diz que temos
deveres para com eles.
Deveres de
auxiliá-los, ampará-los, conduzi-los na jornada. Sem faltar jamais a chama da
ternura, envolta na amizade, no companheirismo.
Então, alongando a
vista, para além das fronteiras do universo familiar, encontramos nossos amigos.
Credores da nossa
gratidão porque são os que nos estão ao lado, quando a tristeza nos alcança,
quando a dor nos atinge. Por vezes, são as colunas de sustentação do nosso
equilíbrio físico e emocional.
Portanto, os
devemos honrar com nossos melhores sentimentos e, se necessário, o auxílio
material de que, eventualmente, venham a precisar.
Finalmente, e
somente então, nosso dever para com todos os filhos do nosso Pai Celeste.
Da nossa nação ou
de outras nações, em nosso bairro ou para além do país em que nos encontramos.
Dever de
humanidade. Movermo-nos de compaixão, envolvermo-nos e auxiliarmos da forma que
possamos.
Degraus da
caridade. Sentimentos. Proximidade. Uma lição de vida.
Redação do Momento
Espírita, com base no artigo A chave do céu, pelo
Espírito Lacordaire, do item Dissertações Espíritas, da Revista
Espírita, ano VIII, agosto/1865, de Allan Kardec, ed. EDICEL.
Em 27.11.2020.
Fonte: Momento Espírita
www.momento.com.br
Luz, Amor e Gratidão
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