Sua cidade natal,
que traz os traços da época colonial, guarda uma arquitetura apaixonante, onde
os casarões e as ruas de pedra estimulam o turismo.
Ela era conhecida
em todos os recantos pela especialidade em preparar doces saborosos e frutas
cristalizadas.
Cursara a escola
apenas até o terceiro ano primário, o que não a impedira, desde os quatorze
anos, de tecer seus primeiros sonhos em forma de versos.
Criou uma poética
do cotidiano, da singeleza das pequenas coisas que retratavam sua realidade.
Passou a ser
conhecida pelos versos e contos que escrevia.
Ana Lins dos
Guimarães Peixoto Bretas foi a poetisa Cora Coralina.
Seus versos,
delicados e profundos, foram publicados pela primeira vez quando a autora tinha
setenta e cinco anos.
Elogiada por
Carlos Drummond de Andrade, tornou-se uma das vozes femininas mais relevantes
da literatura nacional.
Ocupou a cadeira
número trinta e oito da Academia Goiana de Letras e recebeu o título de Doutor
Honoris Causa pela Universidade Federal de Goiás.
A poetisa, que
escreveu sobre o seu tempo e sobre o futuro, destacando a realidade das
mulheres do século vinte, é o principal nome da cidade de Goiás.
A casa onde morou
é hoje um museu, incentivando atividades culturais, artísticas, educacionais e
filantrópicas, visando a valorização sociocultural do povo goiano, bem como preservar
e divulgar a sua obra.
Cora
muitas mulheres Coralina morreu em Goiânia, no
dia dez de abril de mil novecentos e oitenta e cinco, sem nunca perder a doçura
e a simplicidade.
Costumava
dizer: Estou no fim da vida, nada tenho e nada me falta.
* * *
A simplicidade na
forma de viver e o destemor diante dos empecilhos registram uma força que
impulsiona o caminhante no mundo.
Não nos cabe
esmorecer frente às dificuldades que a vida apresenta. Ao contrário, devemos
analisar as oportunidades e enfrentar os desafios.
Todos dispomos de
ferramentas extras, que Deus concede para que as possamos utilizar frente aos
dissabores da vida.
Encontrar em nosso
interior tais ferramentas é o primeiro passo.
Todos temos
capacidades, talentos, dons. Basta que desbravemos as terras íntimas do nosso
ser e as descobriremos.
Permitamo-nos
mergulhar em nosso interior, buscando essas riquezas que farão a grande
diferença em nós e em nossa caminhada terrena.
Nossas reservas de
energia, nosso potencial apenas esperam que os acionemos e, com coragem, os
utilizemos para que surja nosso brilho.
A criatividade, o
ousar se aventurar pelos caminhos da realização que preenche o ser,
independente do ganho material, pode emergir da nossa intimidade.
Alie-se à coragem
e à disposição pela luta, e o sucesso poderá se tornar realidade.
Como ensina a
poetisa e escritora:
Desistir...
eu já pensei seriamente nisso, mas nunca me levei realmente a sério.
É
que tem mais chão nos meus olhos do que o cansaço nas minhas pernas, mais
esperança nos meus passos do que tristeza nos meus ombros, mais estrada no meu
coração do que medo na minha cabeça.
Desistir, nunca.
Redação do Momento Espírita, com base em dados biográficos de Cora
Coralina e no artigo Trabalhadores do Bem, do Jornal Mundo Espírita, de abril/2018.
Em 31.10.2020.
Fonte: Momento Espírita
www.momento.com.br
Luz, Amor e Gratidão
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