Pais existem de
todos os quilates.
Existem aqueles
que somente dão o seu contributo biológico, não se envolvendo em mais nada.
Existem outros que
se preocupam em prover o abrigo, o alimento, a instrução, exaurindo-se no
trabalho.
Somente esquecem
de oferecer as suas preciosas presenças no lar, nos folguedos, nas conquistas
dos filhos, desde as menores às mais grandiosas.
Existem outros que
se revestem de ternura, atenção, cuidados.
Alguns são os
grandes promotores do sucesso dos seus filhos. Sempre prontos a ouvir os seus
anseios, os sonhos, a escutar as confidências, as pequenas tolices do dia a
dia.
E colaboram, nas
várias etapas da concretização dos sonhos dos seus rebentos, permitindo-se
ouvir as reclamações, as queixas, os desabafos ante os percalços que eles
encontram.
São esses a quem
muitos de nós devemos o sucesso na carreira, o sonho alcançado.
Assim foi com a
indiana Gunjan Saxena, que se tornou a primeira oficial da Força Aérea Indiana.
Criança, em viagem
aérea, teve oportunidade de adentrar a cabine de comando. Deslumbrou-se com o
que viu: a aparelhagem, o imenso céu azul parecendo ser conquistado pelo enorme
avião.
Desejou ter o
domínio de todos aqueles instrumentos. Queria sentar-se no banco do comandante
que lhe disse: Para sentar aqui, você precisa se tornar piloto.
Ela foi perseguir
o seu sonho. Em 1996, depois de conseguir sua graduação como bacharel em
Ciências em Física, ingressou na Força Aérea Indiana.
Dificuldades
precisou enfrentar e momentos houve em que vacilou. Seu pai, no entanto, lhe
oferecia o ombro para chorar, os ouvidos para escutar, o coração para amar.
E as suas eram
sempre as palavras de incentivo, de não desistir, de alcançar o seu intento.
A grande diferença
de um pai presente na vida de uma filha.
O
primeiro posto de Saxena foi em Udhampur, onde precisou enfrentar muitos
desafios de gênero.
De
toda forma, segundo ela, os pilotos do sexo masculino aceitaram a situação mais
rápido do que ela mesma esperava.
Foi a única mulher
piloto a participar da batalha de Kargil, entre maio e julho de 1999, na qual a
Índia lutou contra os paquistaneses que tomaram posições na linha de controle
indiana.
Suas principais
funções, durante essa guerra, eram evacuar os feridos, transportar suprimentos
e ajudar na vigilância.
Ela teve que lidar
com áreas de pouso improvisadas, alturas de treze a dezoito mil pés e fogo
inimigo.
Uma
única mulher entre os dez pilotos. Participou do resgate de novecentos
soldados, feridos ou mortos.
* * *
Quantos de nós,
como a indiana Gunjan tivemos um pai atento, responsável e incentivador?
Importante que o
saibamos agradecer, dizendo do quanto lhe devemos. Se já idoso, mais ainda deve
ser abraçado, acarinhado e ter a certeza do quanto foi destacada a sua atuação
em nossas vidas.
Para todos os que
somos pais no agora, uma lição. Tenhamos os olhos nos nossos filhos. Ouçamos os
seus sonhos, e os auxiliemos, com nossa palavra, a ir em frente, a prosseguir,
a galgar os degraus até o pináculo da vitória.
Lembremos: um pai faz a grande diferença na vida dos seus filhos.
Redação do Momento
Espírita, com base nos dados biográficos de Gunjan Saxena e no filme A tenente
de Kargil.
Em 4.11.2020.
Fonte: Momento Espírita
www.momento.com.br
Luz, Amor e Gratidão
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