Todos os domingos aquele homem era visto
em frente ao templo religioso. Não sabiam o seu nome, nem de onde vinha.
Passava algumas horas ali, no período da manhã e, da forma que aparecia,
desaparecia até a semana seguinte.
Um tanto mais do que maduro, podia-se
qualificá-lo de idoso. Por se trajar de forma muito simples e ficar postado à
porta do templo, foi confundido certo dia com um mendigo.
Alguém lhe ofereceu uma esmola e ele,
sorrindo, agradeceu, dizendo que não precisava dela, pois graças a Deus podia
prover ao próprio sustento.
Comunicativo, tinha uma forma toda
especial de falar e quem quer que por ali passasse e resolvesse parar, logo se detinha
em longa conversa com o velhinho.
Contudo, ninguém lhe perguntava por que
permanecia ali por algumas horas todo domingo. Até que, certo dia, alguém se
aproximou dele e lhe perguntou o que fazia ali aos domingos, sem se importar
com o tempo frio ou os dias de intenso sol e calor.
A resposta foi rápida: Estou
esperando os meus netos saírem da aula de Evangelização.
Na sequência, o bom homem foi
esclarecendo o mistério de sua presença à porta do templo, todos os domingos.
Ele trazia, desde alguns anos, seus dois netos para a Escola de Evangelização.
Ficava do lado de fora, esperando a aula terminar para os levar de volta.
Quando eram menores, disse ele, trazia
os dois ao mesmo tempo em sua bicicleta, porque longa era a distância. Agora,
que já tinham seus oito e dez anos, mais pesados e maiores, ele trazia um,
retornava para casa e buscava o outro. Ao final da aula, fazia o trajeto
inverso.
Mas o senhor não
cansa? Perguntou o interlocutor curioso. Afinal, já não é tão
jovem.
Não há problema, foi a
resposta. Pois não dizem que é muito bom fazer ginástica, malhar, como
falam os jovens? Pois enquanto muitos pagam academia para malhar, eu saio de
bicicleta e faço exercício.
Trago meus netos para
ouvirem falar a respeito de Jesus, de Deus, das coisas boas que o homem deve
fazer para se tornar feliz.
Imagine que, enquanto
conduzo meus netos para casa, eles vão me contando pelo caminho o que
aprenderam. Cada dia mais me entusiasmo e fico à espera das suas aulas
seguintes.
Pode-se dizer que
faço ginástica enquanto invisto na formação de meus netos e numa sociedade
melhor para o futuro.
E além de manter-me
em forma e com disposição, aprendo sobre essas coisas que fazem bem ao Espírito
da gente.
* * *
Orientar a infância é preparar o futuro
risonho, pelo qual todos anelamos.
Conduzir os pequeninos para Jesus é
atender ao convite do Divino Mestre, permitindo que dEle se aproximem, não os
impedindo por motivo algum.
É na meninice corpórea que o Espírito
encontra ensejo de renovar as bases da própria vida. Eis porque não lhe pode
faltar a mensagem renovadora da Boa Nova.
Não nos esqueçamos de ver, sempre, no
coração infantil o esboço da geração próxima, guardando a certeza de que
orientar a criança é assegurar ao mundo um futuro melhor.
Redação do Momento Espírita, com
pensamentos finais do cap. 21 do livro Conduta Espírita, pelo Espírito
André Luiz, psicografia de Waldo Vieira, ed. FEB.
Em 17.2.2021.
Fonte: Momento Espírita
www.momento.com.br
Luz, Amor e Gratidão
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