Residente em Aracaju, no Estado do Sergipe,
Reinaldo é vendedor de coco há quarenta e dois anos, em diversos parques da
cidade.
Seis dias por semana, empurra um pesado carrinho
carregado com sua mercadoria, garantindo o sustento de sua família.
Por pouco, sua história não teve um final trágico.
Era comum que, vez ou outra, dormisse no carrinho, abrigando-se sob uma lona,
pois sua residência é distante e o transporte público, precário.
Naquela noite, todavia, o esforçado senhor decidiu
que iria para casa. O dia fora bastante cansativo e ele desejava repousar com
um pouco mais de conforto.
Durante a madrugada, enquanto descansava, vândalos
invadiram a praça onde ele deixara seu carrinho. Por pura maldade, atearam fogo
nele, queimando, inclusive, os produtos que o comerciante comprara para
reabastecer seu estoque.
No dia seguinte, quando chegou à praça para
trabalhar, o idoso se desesperou. Aos prantos, questionava-se como iria se
recuperar daquele prejuízo, como iria sustentar sua família a partir dali.
Por ser bastante conhecido e querido por aqueles
que frequentam o parque, muitos o tentavam consolar, enquanto outros
fotografavam a barbárie, a fim de registrar o acontecido.
Por meio das redes sociais, uma dessas fotos chegou
à diretora comercial de uma empresa.
Percebendo que não bastava apenas compartilhar o
sofrimento do próximo sem nada fazer para auxiliá-lo, ela iniciou uma campanha
virtual para arrecadar doações e, dessa forma, devolver àquele senhor o que
perdera.
O prejuízo do trabalhador girava em torno de três
mil reais. Em vinte e quatro horas de campanha, Simone e seu grupo de
apoiadores levantaram quase o dobro dessa quantia.
Após três dias, a campanha foi encerrada. Depois de
prestar contas da arrecadação, a generosa cidadã escreveu àqueles que
contribuíram com a causa:
Gratidão a Deus, em primeiro lugar, e a todos que
nos apoiaram, para que pudéssemos devolver ao senhor Reinaldo a esperança e a
alegria de poder voltar a trabalhar com dignidade e muita batalha, como sempre
o fez.
* * *
Atribuído ao filósofo Theodor Lipps, o conceito de
empatia define-se pela capacidade psicológica de sentir o que o outro
sente, caso se vivenciasse a mesma situação por ele enfrentada.
Jesus, o Mestre por excelência, recomendou-nos a
empatia no trato com nossos irmãos: Ama a Deus sobre todas as coisas e
ao próximo como a ti mesmo.
Trata-se, primeiramente, de sermos bons ouvintes.
Ouvindo, não fazemos julgamentos precipitados sobre as ações do outro. Antes,
buscamos compreender suas razões.
Ainda, e seguindo as lições do Cristo, termos olhos
de ver: enxergar o próximo como alguém único, com uma história única, que
ora acerta, ora erra em suas escolhas.
Reconhecer, portanto, que todos necessitamos de
perdão, de sermos perdoados, o que nos exige humildade.
Finalmente, exercitar o amor. Perceber no outro a
assinatura Divina, o Semblante de Deus.
Perceber que somos todos frutos das mesmas mãos e,
dessa forma, irmãos; que somos uma família divina cujo destino é a verdade, a
felicidade, o bem e a paz.
Pensemos nisso!
Redação do Momento Espírita,
com base em
biografia de Reinaldo Bispo dos Santos.
Em 13.3.2019.
biografia de Reinaldo Bispo dos Santos.
Em 13.3.2019.
onte: Momento Espírita
www.momento.com.br
Luz, Amor e Gratidão
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