Ele é um homem que passou os setenta anos. Famoso
no mundo inteiro, tocava violino aos cinco anos de idade.
Filho de um diretor de orquestra que fez músicos
seus seis filhos, André Rieu sentiu brotar a paixão pela música ao tocar sua
primeira valsa.
Nascido em Maastricht, capital da província de
Limburg, fundada pelos romanos no século 50 a.C., era violinista da orquestra
sinfônica.
Ao mesmo tempo, gravava discos independentes. Hoje,
com uma carreira de sucesso em mais de trinta países, são milhões os discos,
CDs e DVDs vendidos.
O regente holandês, no entanto, se viaja por tantos
lugares e só encontra aplausos, tem um coração agradecido.
Em grande concerto ao ar livre em sua cidade natal,
teve oportunidade de afirmar que desejava, naquele quase final de apresentação,
dizer algo muito pessoal.
Recordou que Maastricht não era somente a melhor
cidade, mas também a mais antiga da Holanda.
Disse que reconhecia o sucesso que tinha no mundo.
No entanto, era muito agradecido àquela cidade, àquele povo.
Que ele não esquecera suas raízes, porque elas
estavam ali. E a melhor forma de expressar a sua gratidão foi executar, com
orquestra e coro, o hino de Maastricht.
O povo se ergueu, cantou, alguns com a mão no
coração. Podia-se perceber que o regente quase não continha sua emoção,
deixando-se envolver no amplexo da gratidão.
Obrigado, terra natal! Expressava
ele com a música, com sua orquestra, com o coro, com todo seu coração.
O exemplo do famoso maestro holandês nos leva a
meditar. A sua gratidão à terra natal, aos que o viram crescer no corpo e na
arte, emociona.
Quando, ainda nos dias recentes, tantos brasileiros
abandonam a pátria em busca de mais amplos horizontes; quando, ao se
despedirem, com quase desprezo, afirmam: Espero nunca precisar voltar
para este país; o gesto do grande músico nos remete a pensar.
E concluir que os verdadeiramente grandes homens
são almas especiais. Sobretudo agradecidas.
Pensemos nisso e onde quer que estejamos, sob
aplausos ou não, nunca nos esqueçamos das nossas raízes.
Podemos buscar alhures o sucesso, a felicidade, a
oportunidade que se nos faz necessária, mas não desprezemos nossas origens.
Não as esqueçamos. Sejamos gratos ao país que nos
viu nascer, aos pais que nos deram o corpo físico e nos alimentaram os anos
nascentes.
Aos parentes que aplaudiram nossas primeiras
conquistas. Aos irmãos que privaram conosco das horas de folguedos e de
alegria.
Aos amigos que ouviram nossas queixas e insuflaram
novo ânimo na jornada. Aos que nos legaram recursos para que alcançássemos
nossos objetivos.
Enfim, onde quer que estejamos, felizes, bem
sucedidos, sejamos gratos.
O torrão natal é nosso marco inicial na presente
reencarnação. Não esqueçamos nossas raízes. Não esqueçamos da gratidão.
* * *
É sempre pálido o pagamento material por qualquer
dádiva que se tenha recebido.
Mas o gesto de ternura, a lembrança gentil, a
palavra espontânea são valores-gratidão que não nos cabe desconsiderar. Nem
esquecer.
Pensemos nisso.
Redação do Momento Espírita.
Disponível no livro Momento Espírita, v. 8, ed. FEP.
Em 19.6.2020.
Fonte: Momento Espírita
http://momento.com.br/
Luz, Amor e Gratidão
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