Enquanto estamos na Terra, na roupagem carnal,
alimentamos muitas ilusões. Também um igual número de ambições.
Entre essas, a de conquistarmos títulos. A História
registra que, até há poucos anos, o que mais disputávamos eram os títulos de
nobreza.
Quando não nascíamos nobres, nos permitíamos
qualquer coisa, até mesmo distanciados da ética e da moral. Tudo para sermos
agradáveis aos poderosos e lhes conquistar as graças.
Como consequência, quem sabe, um título de nobreza.
Foram períodos de tristes lembranças.
Nos dias atuais, a disputa não é menor. Desejamos
títulos e destaques nas colunas sociais, buscamos projeção política.
Alguns fazemos questão de colecionar títulos
honoríficos de instituições assistenciais e religiosas.
Por isso, às vezes, nos candidatamos a cargos, sem,
no entanto, abraçarmos os encargos que eles exigem. O que nos importa é somente
a denominação.
Porém, existe um título muito precioso e que todos
temos. Nem sempre nos apercebemos que o detemos ou quão importante ele é.
É o título de filho de Deus.
Que título maior podemos almejar?
Somos filhos de Deus, cujo amor inunda o Universo e
se encontra nas fibras mais íntimas de cada um de nós.
Ser filho é ser herdeiro. Somos herdeiros do
Universo.
Por direito natural, possuímos tudo que é de Deus,
bastando somente que desenvolvamos os dons latentes em nós, a fim de que
possamos desfrutar de toda essa grandeza.
Somos herdeiros das ideias sublimes, desde que o
Pai nos fez à Sua imagem e semelhança.
Ideias sublimes que nos proporcionam a inteligência
para conquistar espaços, penetrar o mecanismo da vida e decifrar os enigmas
desafiadores da sabedoria.
Filhos de Deus somos todos nós. Com uma imensa
herança a nos aguardar, além daqueles bens de que já usufruímos, como o ar, a
água, os planetas que utilizamos como moradia, os mil detalhes da Criação que
nos servem e sustentam.
Para a conquista de todos esses tesouros, é
imprescindível a confiança e a fé. Igualmente o esforço para desdobrarmos as
capacidades adormecidas em nós mesmos.
E, naturalmente, se temos tantos bens e tantos
direitos, como filhos de Deus, também temos deveres.
O primeiro de todos é o de nos vermos como filhos
do mesmo Pai, herdeiros do Universo, usufrutuários de todas as Suas bênçãos.
Bênçãos generosas, distribuídas a todas as horas,
mesmo para aqueles que não admitem a Paternidade Divina, um criador
excepcional.
O Pai é somente um, o Criador, a Causa
incausada de todos os seres e de todas as coisas.
O segundo dever é de nos amarmos, pois o Pai a
todos ama de igual forma.
Como Pai, Ele não deixa de fora nenhum dos Seus
filhos. A ninguém deserda.
Mais cedo ou mais tarde todos haveremos de compreender
o plano divino e a Ele nos amoldaremos.
Nesse dia, sairemos da infância espiritual em que
nos situamos para a maioridade.
Nesse dia, utilizaremos e nos felicitaremos com
todos os tesouros da Criação.
Nesse dia, seremos felizes.
Redação do Momento Espírita, com base na introdução
e no cap. 5, do livro Filho de Deus, pelo Espírito Joanna de
Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 16.6.2020.
Fonte: Momento Espírita
http://momento.com.br/
Luz, Amor e Gratidão
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