Certamente, já
ouvimos a regra de conduta: Não fazer aos outros o que não gostaríamos
que os outros nos fizessem.
Muitos lemos essa
recomendação e dizemos que buscamos não fazer o mal a ninguém, pelo menos, não
intencionalmente.
No entanto, há um
detalhe que merece nossa apreciação.
O conselho dado
por Jesus, relatado pelo Evangelista Mateus é o seguinte:
Assim,
tudo quanto quereis que os homens vos façam, assim também fazei vós a eles,
pois esta é a lei e os profetas.
Há uma sutileza de
suprema importância. Vejamos que a proposta de Jesus é positiva, invoca
ação: Fazei vós a eles.
Naturalmente que
o não fazer aos outros estaria implícito na ideia, mas não foi
o que o Mestre desejou ressaltar.
Ele conhecia a
intimidade da alma humana.
Somos seres de
expectativas. Somos seres ainda tomados pelo egoísmo, isto é, fazemos escolhas
pensando em nosso próprio bem, mesmo que isso signifique o mal ao outro.
Sabendo disso, o
Grande Educador propõe que façamos ao semelhante exatamente aquilo que queremos
que ele nos faça.
O verbo é fazer. Invoca
uma ação no bem.
Enquanto o não
fazer aos outros pode nos levar a uma certa acomodação e consequente
conduta egoísta, a proposição do Mestre é dinâmica, imperativa e urgente.
Não há dúvida de
que há um certo avanço moral quando evitamos praticar grandes males. Porém,
será que temos feito todo o bem que está ao nosso alcance?
Nada fazer quando
podemos é resultado de nossa imperfeição. De certa forma, isso não deixa de ser
algum tipo de mal.
Não há ninguém que
não possa fazer o bem. Somente o egoísta nunca encontra oportunidade de
praticá-lo.
Basta que
estejamos em relação com outros homens para termos ocasião de fazer o bem.
Cada dia na Terra
oferece essa possibilidade se não estivermos cegos pelo egoísmo.
Fazer o bem é ser
útil, na medida do possível, toda vez que o auxílio se fizer necessário.
Será que estamos
sempre dispostos a fazer o bem?
Conseguimos nos
colocar como um instrumento do bem na Terra?
Somos dos que
trabalhamos em prol da vida, da sociedade, do bem comum?
Quem
não trabalha, dá trabalho, disse, certa vez,
o doce Chico Xavier, um modelo de disposição ao bem.
Ele foi um desses
exemplos inesquecíveis de dedicação total ao próximo, de fazer o que estava ao
seu alcance e ainda mais.
Sem recursos
materiais, com saúde debilitada e debaixo das vozes da descrença, ele se fez
grande.
Grande porque
pensou no seu próximo e foi na direção dele, providenciando auxílio material. E
o principal, o consolo.
E nós? Temos feito
todo o bem que está ao nosso alcance?
Temos observado ao
nosso redor o quanto existe a ser feito, o quanto podemos colaborar, o quanto
podemos ser úteis?
Não faltam
ocasiões. Não faltam pessoas necessitadas, desde o interior de nossos lares até
as regiões abandonadas da nossa própria cidade.
Podemos nos tornar
um agente do bem na face da Terra.
É suficiente olhar
em torno e descobrir. Algo pequeno, algo grande. Uma ação. Algo que fará melhor
a vida de alguém e tornará melhor o mundo.
Redação do Momento
Espírita
Em 4.2.2021.
Fonte: Momento Espírita
www.momento.com.br
Luz, Amor e Gratidão
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