Todo
aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as observa, será comparado a um
homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha.
E
desceu a chuva, vieram as torrentes, sopraram os ventos e deram com ímpeto
contra aquela casa e ela não caiu; pois
estava edificada sobre a rocha.
Mas
todo aquele que ouve estas minhas palavras e não as observa, será comparado a
um homem néscio, que edificou a sua casa sobre a areia.
E
desceu a chuva, vieram as torrentes, sopraram os ventos e bateram com ímpeto
contra aquela casa, e ela caiu; e foi grande a sua ruína.
* * *
A alegoria
proposta por Jesus é magnífica. Quem quer construir um bom edifício, de
duração e que possa, pela sua solidez, resistir às intempéries, procura um bom
terreno, cava alicerces,
bate e assenta sobre esses alicerces uma base de pedras para que os alicerces
suportem o peso da casa.
Só
depois é que ergue as paredes e conclui o prédio.
Outros
há que não fazem questão de terreno, nem de alicerces. Constroem em qualquer lugar e até mesmo sem
alicerces.
Essas
casas não oferecem garantia e se tornam
perigosas aos moradores.
Pensando nisso,
importante se faz perguntar a nós mesmos: Sobre que terreno temos
edificado a vida, nossas crenças, nossos valores?
Quem tem edificado
sua existência sobre o terreno do materialismo alucinante, do consumismo sem
limites, do gozo inconsequente, está fadado a ter sua casa em ruínas.
Tais bases não são
suficientes para suportar o peso das aflições, das tormentas imprevisíveis dos
dias.
Tais alicerces são
como areia movediça, que quanto mais se agita, mais instável e liquefeita se
torna.
No entanto, quem
tem erguido sua evolução apoiada no solo seguro da vida verdadeira, da vida
espiritual, tem mais capacidade de se ajustar aos abalos naturais dos tempos
presentes.
Não deixa de
sentir os tremores de terra, os vendavais ameaçadores, mas por estar assentado
num solo firme, mantém-se de pé.
Assim, vejamos
como os valores da aparência, da vaidade, dos ganhos fáceis e das vantagens,
têm levado o mundo à sua derrocada.
Nos momentos de
gozo e de aparente júbilo, nas épocas de calmaria, as casas construídas sobre a
areia nos dão a falsa dimensão de que estão seguras.
Entretanto, basta
um vento mais forte, uma adversidade qualquer, que tudo ameaça vir abaixo.
Isso explica o
grande número de corações destroçados, os inúmeros ansiosos e inseguros, as
incontáveis almas vazias.
Vivemos a era da
ansiedade, da depressão, do suicídio, desencadeada por casas-almas em
processo de desabamento.
Fundamental se faz
que possamos rever nossas bases, que possamos nos desconstruir, se necessário,
e nos reconstruirmos.
Não há vergonha em
modificar nossa forma de pensar e de agir. Não há vergonha em redefinirmos a
própria maneira de viver, elegendo valores significativos, verdadeiros.
Deixemos para trás
os terrenos arenosos e busquemos a rocha segura sobre a qual construiremos
nossa felicidade definitiva.
Ainda é tempo. Os dias se renovam, permitindo-nos
a alteração do caminho.
Pensemos a
respeito.
Redação do Momento
Espírita, com base no cap. Os dois fundamentos, do livro Parábolas
e Ensinos de Jesus, de Cairbar Schutel, ed. O Clarim.
Em 1º.2.2021.
Fonte: Momento Espírita
www.momento.com.br
Luz, Amor e Gratidão
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