Conta-se que um monge eremita viajava através das
aldeias, ensinando o bem.
Chegando a noite e estando nas montanhas, sentiu
muito frio. Buscou um lugar para se abrigar. Um discípulo jovem
ofereceu-lhe a própria caverna. Cedeu-lhe a cama pobre, onde
uma pele de animal estava estendida.
O monge aceitou e repousou. No
dia seguinte, quando o sol estava radiante e ele deveria prosseguir a sua
peregrinação, desejou agradecer ao jovem pela hospitalidade.
Então, apontou o seu indicador para uma
pequena pedra que estava próxima e ela se transformou em uma pepita de ouro.
Sem palavras, o velho procurou fazer que o
rapaz entendesse que aquela era a sua doação, um agradecimento a ele.
Contudo, o rapaz se manteve triste.
Então, o religioso pensou um pouco. Depois, num
gesto inesperado, apontou uma enorme montanha e ela se transformou inteiramente
em ouro.
O mensageiro, num gesto significativo, fez o rapaz
entender que ele estava lhe dando aquela montanha de ouro em gratidão.
Porém, o jovem continuava triste. O velho não pôde
se conter e perguntou:
Meu filho, afinal, o que você quer de mim? Estou
lhe dando uma montanha inteira de ouro.
O rapaz apressado respondeu: Eu quero o
vosso dedo.
* * *
A inveja é um sentimento destruidor e que nos
impede de crescer.
Invejamos a cultura de alguém, mas não nos dispomos
a permanecer horas e horas estudando, pesquisando. Simplesmente invejamos.
Invejamos a capacidade que alguns têm de falar em
público com desenvoltura e graça. Contudo, não nos dispomos a exercitar a voz e
a postura, na tentativa de sermos semelhantes a eles.
Invejamos aqueles que produzem textos bem
elaborados, que merecem destaque em publicações especializadas. No entanto, não
nos dispomos ao estudo da gramática, muito menos a longas leituras que melhoram
o vocabulário e ensinam construção de frases e imagens poéticas.
Enfim, somos tão afoitos quanto o jovem da história
que desejava o dedo do monge para dispor de todo o ouro do mundo, sem se dar
conta de que era a mente que fazia as transformações.
* * *
Pensar é construir. Pensar é semear. Pensar é
produzir.
Vejamos bem o que semeamos, o que produzimos, nas
construções de nossas vidas, com as nossas ondas mentais.
No lugar da inveja, manifestemos a nossa vontade de
lutar para crescer, com a certeza de que cada um de nós é inigualável. O que
equivale a dizer que somos únicos e que ninguém poderá ser igual ao outro.
Cada um tem seus tesouros íntimos a explorar,
descobrir e mostrar ao mundo.
Quando pensamos, projetamos o que somos. Pensemos
melhor. Pensamento é vida.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 2 do
livro Rosângela, pelo Espírito Rosângela, psicografia
de Raul Teixeira, ed. Fráter e história tibetana extraída do livro Elucidações
espíritas, entrevista 5, de Divaldo Pereira Franco, ed. S.E. Joanna de
Ângelis. Em 7.7.2020.
Fonte: Momento Espírita
http://momento.com.br/
Luz, Amor e Gratidão
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