Nos primeiros dias
da chegada de uma criança ao nosso planeta, seus olhos estão cerrados ao mundo
que a acolhe.
Pouco a pouco, ela
os vai abrindo, percebendo o que a cerca.
À medida que o
tempo passa, conquista certa independência: começa a sentar-se, engatinhar,
andar, falar.
Pela curiosidade
que lhe é natural, surgem os tantos porquês sobre a realidade da vida.
Na escola,
descobre as palavras, os números, a História da cultura à qual pertence.
Com o passar do
tempo, crescendo física e intelectualmente, faz-se adulta e é capaz de
colaborar com o progresso da sociedade em que está inserida.
Torna-se
responsável por outras pessoas, por instituições, pelo trabalho a que se
dedica, pela chegada de outras crianças a este planeta.
E novamente se
inicia o ciclo da vida.
Da mesma forma,
acontece com o Espírito imortal que, em essência, todos somos.
Oriundos do Amor
Divino, somos criados simples e ignorantes. Crianças, do ponto de vista espiritual.
Inicialmente,
diante das mazelas morais que são próprias de nossa infante condição, os olhos
da alma, por vezes, demoram a se abrir frente às próprias responsabilidades
enquanto Espíritos em marcha de progresso.
Todavia,
decorrente das boas escolhas que fazemos em função do livre-arbítrio, ampliamos
a percepção e, consequentemente, se expande nossa consciência, morada
verdadeira da Lei de Deus.
Assim, damos os
primeiros passos em direção à luz, ao bem, à verdade, à felicidade.
É certo que eles
são tortuosos e, por diversas vezes, caímos em erro. No entanto, após cada
queda, o andar se torna mais firme e experiente, até que, em certo ponto,
descobrimos o norte de nossa jornada.
Tal qual as
crianças, após os primeiros passos, o Espírito se enche dos tão necessários
porquês: Por que o sofrimento? Por que a dor? Por que a morte?
Conforme o
amadurecimento intelecto-moral do Espírito, surgem as respostas, que o tornam
mais lúcido diante das Leis Divinas.
Dessa maneira, de
forma semelhante à criança que alcança a idade adulta, o Espírito em progresso
chega à perfeição para a qual foi destinado.
Então, em nome de
Deus, responsabiliza-se pelo progresso daqueles que estão em estágios
inferiores ao seu, como Jesus faz conosco.
É por isso que
cada oportunidade reencarnatória é dádiva celeste, a fim de que venhamos a
conhecer mais profundamente esse Pai e Criador.
Quiçá, um dia,
possamos afirmar como Jesus: Eu e o Pai somos um, dada a
compreensão total que haveremos de possuir do Altíssimo.
* * *
Na escola do
Espírito, a tarefa é uma só: amarmos a Deus sobre todas as coisas e ao próximo
como a nós mesmos.
Desenvolvermos o
amor é a única maneira de, paulatinamente, abandonarmos os sentimentos que nos
infantilizam espiritualmente, tal o orgulho, a vaidade, a falta de caridade.
Amadureçamos,
pois, em fé, justiça, caridade, amor e paz para que, diante de nosso esforço
pessoal, vejamos a face daquele que, por amor, a todos nos criou.
Pensemos nisso!
Cresçamos em amor!
Redação do Momento
Espírita.
Em 24.3.2021.
Fonte: Momento Espírita
www.momento.com.br
Luz, Amor e Gratidão
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