Quando se fala em
adoção, ainda existem aqueles de nós que tememos assumir essa responsabilidade.
Pensamos nas
questões financeiras, na dedicação que se fará necessária, em tudo que
precisaremos providenciar e cuidar, incluindo formação acadêmica.
De um modo geral,
isso assusta e nos inibe a vontade.
No entanto,
existem adoções que se fazem espontâneas, nas quais não se pensa nas possíveis
dificuldades ou nas muitas questões envolvidas, porque uma vida precisa ser
preservada e o amor fala mais alto.
Foi o que
aconteceu nas Filipinas, quando Nanay e Tatay adotaram Jayvee, um bebê de
apenas três meses de idade, que fora abandonado.
O casal era pobre
e morava em um apartamento de vinte metros quadrados. A esposa era vendedora e
o marido era porteiro.
As dificuldades
eram tamanhas que, em alguns dias, para poderem sobreviver, faziam apenas uma
refeição.
Apesar disso,
abraçaram aquele pequeno ser. E o carinho, o amor e a dedicação que lhe
dispensaram, fizeram desabrochar o que de melhor havia no coração do garoto.
Depois de longa
jornada de estudos e lutas, Jayvee se tornou um homem bem sucedido. E decidiu
retribuir aos pais adotivos que, além de lhe garantirem a vida e lhe ofertarem
um lar, o envolveram em amor.
Antes de pensar em
realizar algum sonho especialmente seu, comprou uma casa muito bonita para
eles.
Uma grande e
confortável casa. Reconhecimento de quem recebeu afeto e graças aos quais
alcançou a posição em que hoje se encontra.
* * *
A adoção não é
apenas o movimento de um amor benevolente. É o ato de acolher e aceitar
verdadeiramente outro alguém como parte de nossa família, sem diferenças, sem
preconceitos.
Quando
reconhecermos que todos somos irmãos, filhos de Deus, nosso Pai, poderemos nos
encontrar, ou ainda melhor, reencontrar corações amados.
Quando aprendermos
que somos Espíritos Imortais em busca da perfeição, seremos a própria gratidão
por todos aqueles que nos estendem as mãos.
Quando
compreendermos a realidade da reencarnação tantas vezes quantas forem
necessárias para evoluirmos, nos veremos todos como parceiros e irmãos de
caminhada.
Quando observarmos
que a vida continua, e registrarmos a realidade espiritual, virá a certeza de
que nada acontece por acaso, sejam encontros ou reencontros.
Antes de
renascermos, organizamos no mundo espiritual, com a ajuda dos mentores amigos,
os planos para nossa caminhada na Terra.
Para que alguém se
una ao nosso grupo familiar, basta que esteja nesse planejamento.
A vida prepara a
melhor forma do reencontro que até pode nos parecer obra do acaso, quando na
realidade é resultado de algo que foi planejado.
Não há necessidade
que nasçamos na mesma pátria, na mesma raça ou da mesma barriga para sermos
irmãos.
Importante
sabermos que uma família de verdade é unida pelo sentimento de irmandade, amor
e respeito.
Nesse campo, a
gratidão é uma estrada de duas mãos, onde os pais agradecem a presença daquele
que chega, da mesma forma que os que chegam agradecem a acolhida que recebem.
Para formarmos uma
família realmente feliz basta nos aceitarmos e vivenciarmos o amor.
Redação do Momento
Espírita, com dados da vida de Jayvee Lazaro Badile II.
Em 27.3.2021.
Fonte: Momento Espírita
www.momento.com.br
Luz, Amor e Gratidão
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