Helena era uma mãe
de família amorosa. Cuidava de seus cinco filhos com toda dedicação.
Seu marido era uma
pessoa carinhosa mas, sem muitas responsabilidades, o que trazia para Helena
ainda mais tarefas, além de alguns problemas na rotina da família.
No entanto, ela
jamais reclamava de coisa alguma, nem erguia a voz para qualquer corrigenda que
necessitasse fazer.
Sua gentileza e
sua delicadeza impressionavam.
Ela tinha uma
frase, que não se cansava de repetir: Antes calar que mal falar.
Assim, quando
amigas ou vizinhas lhe traziam comentários maldosos, Helena advertia: Antes
calar que mal falar.
E tudo que ouvia
morria ali mesmo, nos seus ouvidos, nunca repetindo a quem quer que seja.
Quando um filho
irritado, principiava a fazer uma crítica a alguém, lembrava ela: Antes
calar que mal falar.
Logo, as palavras
ruins, queixosas, deixavam de ser pronunciadas.
Quando o marido
tecia comentários, opinando sobre a vida alheia, repetia Helena: Antes
calar que mal falar.
E o marido não se
permitia continuar a expressar suas ideias negativas.
Quando um familiar
chegava nervoso porque alguém o tinha tratado mal, e expressava todo seu
ressentimento, logo vinha a recomendação: Antes calar que mal falar.
As palavras
agressivas deixavam de ser pronunciadas de imediato.
* * *
A salutar lição de
Helena bem pode nos servir para nossos dias.
Ela nos dita uma norma
para fazermos bom uso da palavra.
Ao silenciarmos a
palavra maldosa, rude, deixamos de vibrar de forma negativa, poluindo a
atmosfera em que vivemos.
A palavra nos foi
dada para edificar, construir o bom, o positivo.
E calar, quando
nos encontramos em desarmonia, nos permite refletir sobre como devemos
verdadeiramente nos expressar, mesmo que seja o nosso desacordo com algum fato.
Façamos, portanto,
bom uso de nossas palavras, sejam elas faladas ou escritas.
Todas as nossas
palavras são sementes lançadas em nosso caminho. Poderão encontrar terreno
propício e frutificar.
Importante, dessa
forma, que sejam vocábulos que traduzam harmonia, que tranquilizem, que
propiciem bem-estar a quem as ouve.
Usemos a palavra
para dar sustento aos companheiros que estão sozinhos.
Utilizemos a
palavra para acalmar um amigo que passa por momento difícil.
Sirvamo-nos das
palavras para instruir aquele que ainda vive na ignorância.
Juntemos palavras
de luz e façamos uma prece. Afinal, neste mundo de tantas dores e provações,
muitos aguardam esse socorro providencial.
Tomemos de um
papel e escrevamos uma carta, um bilhete, que demonstre gratidão.
Desacostumamo-nos
de escrever, habituados a abreviaturas rápidas e respostas lacônicas.
Se tivermos o dom,
expressemos na poesia, numa canção, dizeres que alegrarão o coração de alguém.
Tenhamos sempre em
mente a importância da palavra.
E, quando nos
encontrarmos em alguma situação que nos deixe uma dúvida sobre o uso dela,
recordemos o ensino da sábia Helena: Antes calar que mal falar.
Redação do Momento
Espírita.
Em 11.3.2021.
Fonte: Momento Espírita
www.momento.com.br
Luz, Amor e Gratidão
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