É comum ouvirmos histórias envolvendo
pessoas ilustres da nossa atualidade.
Nem sempre verídicas. Algumas muito positivas,
mas que, após uma pesquisa, se revelam totalmente sem fundamento.
Optamos então por narrar o fato, de
excelente lição, sem apontar o eventual envolvido.
Conta-se que um dos homens mais ricos
da atualidade, ao ser indagado a respeito de alguém que lhe sobrepujasse em
fortuna, teria respondido com a seguinte narrativa.
Quando eu ainda não era famoso, certa
feita, no aeroporto de Nova York, vi um vendedor de jornais.
Desejei comprar um exemplar, mas
descobri que não tinha moedas suficientes. Devolvi o exemplar ao jornaleiro,
agradeci, dizendo que me faltava dinheiro para pagar.
O vendedor insistiu para que eu levasse
o jornal mesmo assim. “Estou lhe dando”, falou, firme.
Passados uns dois ou três meses, no
mesmo aeroporto, o fato tornou a acontecer. De igual forma, o rapaz me ofereceu
o jornal, sem que eu tivesse o suficiente em moedas para lhe pagar.
Recusei, mas ele disse: “Pode levar.
Compartilho isso dos meus ganhos. Não estarei perdendo”.
E lá fui eu com meu exemplar outra vez.
O tempo passou. Quase vinte anos
depois, famoso e conhecido no mundo, lembrei daquele vendedor. Estaria ainda no
aeroporto, na mesma função?
Procurei-o e afinal o encontrei.
Perguntei se ele sabia quem eu era.
“Claro que sim”, disse logo. “Quem não
sabe?” E disse meu nome.
Perguntei em seguida: “Você lembra que
me deu o jornal gratuitamente?”
“Sim, lembro, e foram duas vezes.”
“Pois então”, eu lhe falei, “quero
pagar a ajuda que me deu naquela época. O que você gostaria de ter? O que
quiser, eu lhe dou.
“Bem”, falou o homem, “o senhor
realmente acredita que pode igualar a minha ajuda? Veja bem: quando eu lhe dei
os jornais, era um pobre vendedor.
O senhor agora, muito rico, deseja me
dar algo. Acha que a sua doação pode se igualar com a minha?”
E concluiu o entrevistado: Nesse dia,
eu percebi que o vendedor de jornais era mais rico do que eu porque ele não
esperou se tornar rico para ajudar alguém.
* * *
Se pensarmos, de forma apressada,
poderemos qualificar o vendedor de jornais como alguém orgulhoso.
No entanto, precisamos extrair a lição,
exatamente como no-la ensina o Evangelho.
Observando as doações, no templo, Jesus
diz que as duas pequenas moedas depositadas pela viúva eram uma doação muito
mais significativa do que as inúmeras moedas deixadas pelos ricos fariseus.
A questão é a criatura se privar de
algo para ofertar ao outro, que atravessa uma necessidade.
Em essência, essa pessoa é a
potencialmente rica porque rico é o seu coração, que pensa no semelhante, antes
que em si mesma.
Afinal, quando damos daquilo que nos
sobra, daquilo que não nos faz falta, naturalmente tem seu mérito, porque
denota nosso desprendimento, nossa vontade de auxiliar.
Contudo, mais excelente doação é
daquela criatura que dá do que lhe poderá fazer falta. Reparte o pão que tem
para saciar a própria fome.
Oferece a água para aplacar a sede de
alguém embora também se ache sedento.
Essa é a verdadeiramente rica.
Redação do Momento
Espírita, a partir de nota que circula pelas redes sociais.
Em 28.11.2019.
Luz, Amor e
Gratidão
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