O contato com o mundo espiritual é realmente
fascinante.
Essa comunicação entre os dois lados da vida, que
denominamos mortos e vivos, é intrigante.
Embora essa relação sempre tenha existido, foi a
partir do século XIX, que foi melhor entendida.
Desde então, a mediunidade, faculdade que permite
essa comunicação, ganhou caráter de fenômeno natural.
Quando conhecemos os recursos da mediunidade, sem
dúvida, nos empolgamos, pelas possibilidades que possibilita.
Por causa disso, não são poucos aqueles que nela
buscam a solução para suas dores e seus males.
Os recursos mediúnicos são bênçãos dos céus para
alívio das provas e dificuldades que enfrentamos, enquanto no corpo físico.
Porém, não podemos ter a pretensão de comandar ou
ditar as regras para tal recurso.
Também não nos cabe definir quando e como o amparo
celestial, através da mediunidade, pode nos alcançar.
Existem pessoas que buscam, nas casas espíritas,
cartas e comunicações de seus entes queridos que morreram.
Pretendem o consolo para sua saudade, através de
uma carta psicografada ou de uma comunicação verbal, sem atentar que, muitas
vezes, não é o momento adequado ou possível.
Outros buscam o imediato restabelecimento da saúde
física, através da chamada mediunidade de cura.
Importante entendermos que nenhuma doença nos
ocorre por castigo. Trata-se de instrumento da lei divina de correção de
sentimentos e ideias equivocados, alimentados desde há muito em nossa alma.
Infelizmente, existem médiuns desavisados que se
permitem fazer promessas disso ou daquilo.
Os resultados, por vezes, causam desilusão e
descrença porque as manifestações dos Espíritos dependem da condição deles e
sempre conforme a Vontade de Deus.
Não esqueçamos, no entanto, que a Providência
Divina não deixa ninguém desamparado.
Ao buscarmos os recursos da mediunidade, aguardemos
a resposta dos céus, sem a pretensão de que as nossas vontades devam,
necessariamente serem atendidas, da forma que idealizamos.
Há muitas maneiras do Amparo Divino nos chegar e
sempre na medida exata que precisamos.
Nem todos sabemos mas há reencontros e abraços
durante o sono, através dos sonhos, nos quais as saudades são aplacadas e as
esperanças nos são renovadas.
Muitas vezes não damos atenção a isso e,
consequentemente, não nos permitimos sentir os benefícios alcançados.
Quanto às curas, elas nos chegam por caminhos
inesperados, ao mesmo tempo que existem doenças que persistem pois nosso
aprendizado assim o exige.
Se bem lermos os Evangelhos, vamos constatar que
Jesus curou a muitos, não a todos os que encontrou em Seu caminho.
Sejamos prudentes. Os recursos da mediunidade
seriamente exercida são de largo alcance.
No entanto, aguardemos que nos cheguem, de forma
devida, conforme as determinações da Divindade.
Roguemos aos céus o amparo e alívio para nossas
dores. A resposta sempre nos chegará ao coração, apontando os caminhos mais
adequados para o calvário libertador, que nos cabe percorrer.
Confiemos em Deus.
Redação do Momento Espírita.
Em 2.6.2020.
Fonte: Momento Espírita
http://momento.com.br/
Luz, Amor e Gratidão
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