O CHAMADO DA NATUREZA
Parte II
por Summer Bacon
21/01/2021
A Parte 1 deste artigo foi publicada no
boletim da semana passada. Foi uma aventura de roer as unhas na qual resgatei
uma aranha pequenininha que estava flutuando em meu banheiro. Felizmente, ela
sobreviveu! Devolvi-a à natureza, lavei as mãos, apaguei a luz do banheiro e
voltei ao projeto em questão: fazer Tamales de boi, tendo banha como base da
massa.
Imediatamente senti a ironia, ou talvez
hipocrisia, de me importar tão profundamente em resgatar uma aranha angustiada,
enquanto preparava um jantar à base de carne.
Fui vegetariana muitas vezes em minha
vida, de meses a anos. O trecho mais longo foi quando minhas filhas eram bem
pequenas, por volta dos 7 e 10 anos. Um dia, estávamos no supermercado, e as duas
simultaneamente correram para a caixa de carnes e a abraçaram (literalmente).
“Por favor, oh, por favor, mamãe! Podemos comer um pouco de carne esta noite?
"
Fiquei surpresa, porque não tinha
falado com elas sobre "virar vegetariano", simplesmente parei de
cozinhar com carne.
Elas simplesmente sentiram falta de
carne em nossas refeições.
Então, sim, eu comprei carne naquela
noite.
Este dilema humano: a chamada do eu
selvagem, humano e carnívoro, é algo que tem me angustiado intermitentemente
por décadas.
Isso, e saber que quando compro algo
que vem embalado em plástico, estou contribuindo para a desordem da Terra.
Ou, quando jogo baterias ou pinto meu
cabelo, estou contaminando a Terra com produtos químicos. Ou, quando dirijo meu
carro. Gasolina. Não há fim para essa vergonha, a culpa e a inadequação que sou
capaz de sentir.
Mas, no ano passado, vendo máscaras
faciais e luvas espalhadas e sendo proibida de comprar e colocar mais de US$
100 nas sacolas de compras reutilizáveis que comprei, estive fazendo um exame
de consciência de uma maneira diferente.
Sim, sou uma professora espiritual.
Mas, também sou profundamente humana.
Estou me dando permissão para viver
esta aventura humana da vida. Eu faço o que eu posso. Eu coloco o máximo de
mantimentos que posso em cada saco plástico quando pago minhas compras no caixa.
Eu raramente coloco minhas frutas e
vegetais em sacos plásticos, eu apenas as coloco (suavemente) no meu carrinho.
Eu faço isso por mim; para minha
própria sanidade ao saber que estou fazendo o que posso (e também porque não
suporto os montes de sacos plásticos que se acumulam tão rapidamente), mas
também estou aprendendo a não me bater emocionalmente pelo que eu não posso
fazer naquele momento.
Agradeço ao animal que deu sua vida
física para meu sustento.
E, eu salvo a aranha de potencialmente
se afogar em meu banheiro.
Essas ações são realmente conflitantes
ou ambas são baseadas no Amor? Da minha perspectiva, estou fazendo o meu
melhor, como o ser humano que sou.
Senti até a gratidão do espírito animal
que habitava o corpo que me deu minha deliciosa refeição caseira. É quase como
se ele quisesse fazer parte dessa experiência.
Quem sou eu para julgar?
Estou me dando permissão para ser um humano
atualmente. E eu meio que gosto disso.
Fonte: Website Summer Bacon
Direitos Autorais
Summer Bacon
Traduzido por Adriano Pereira
Manaus/Amazonas
blogluzevida@gmail.com
Luz, Amor e Gratidão
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