Em sua Epístola
universal, Tiago dá vários conselhos aos cristãos.
São todos muito
interessantes e atuais.
Por exemplo, ele
recomenda que o homem esteja sempre pronto para ouvir, mas tardio para falar e
para se irar.
E justifica que a
ira do homem não opera a Justiça de Deus.
É impossível não
vislumbrar a sabedoria da assertiva.
Quando deixa seu
sentimento se contaminar, o homem perde a noção do justo.
Age sob o
imperativo das emoções desequilibradas e mais erra do que acerta.
Nessa linha, ele
assevera que, se alguém cuida de ser religioso, mas não refreia a própria
língua, então a sua religião é vã.
Bem se vê o quanto
a palavra mal refletida e mal utilizada é deletéria.
Muitos se dizem
amantes do bem, mas se permitem criticar de modo severo o semelhante.
Justamente por
isso, o Apóstolo é enfático ao aduzir:
Irmãos,
não faleis mal uns dos outros
Ele ainda arremata:
Há
só um legislador e um juiz, que pode salvar e destruir.
Tu,
porém, quem és, que julgas a outrem?
Percebe-se que o
hábito da maledicência é tão antigo quanto a Humanidade.
Deveria haver, por
parte do homem, grande cautela em emitir opiniões relativamente à incorreção
alheia.
Um parecer
inconsciente ou leviano pode gerar graves desastres.
Aliás, pode
ensejar mal maior do que o erro do próximo, convertido em objeto de exame.
Naturalmente,
existem determinadas responsabilidades que exigem observações acuradas.
Os que ocupam
certos postos devem analisar, de forma detida e paciente, as ocorrências do
mundo.
Um administrador
tem o dever de verificar os elementos da composição humana sob sua
responsabilidade.
É de sua
incumbência identificar falhas e problemas, a fim de adotar providências
corretivas.
Os pais devem
prestar muita atenção nos próprios filhos, a fim de encaminhá-los ao bem.
Se identificam
fissuras morais, necessitam se dedicar a combatê-las, amorosa e firmemente.
Um juiz é pago
pelas economias do povo para aplicar a lei.
Em decorrência, é
obrigado a examinar os problemas da paz ou da saúde sociais.
Na defesa do bem
coletivo, precisa deliberar com serenidade e justiça.
Entretanto,
trata-se de deveres específicos e pesados.
Eles exigem
bastante de quem os desempenha.
Na estrada comum,
no entanto, verifica-se grande número de pessoas viciadas no julgar com
precipitação e leviandade.
Parece útil que
cada um reflita sobre o papel exato que está desempenhando na vida presente.
Quando assediado
pelo desejo de comentar a vida do próximo, que se indague com honestidade:
Será
esse assunto de meu interesse?
Quem
sou eu, para tecer comentários sobre a dor e a miséria alheias?
Desejo
auxiliar ou apenas me dedico a apedrejar quem caiu?
Estou,
de fato, em condições de julgar alguém?
Pense nisso.
Redação do Momento
Espírita, com base no cap. 46, do livro Caminho, Verdade e
Vida, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed.
FEB.
Em 21.1.2021.
Fonte: Momento Espírita
www.momento.com.br
Luz, Amor e Gratidão
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