É
notável como conseguimos ver, todos os dias, a todos os instantes, os defeitos
alheios.
Dificilmente encontraremos
alguém que não se mostre propenso a apontar erros e absurdos dos outros.
Muitos casamentos acabam
porque marido e mulher passam a ver tanto os defeitos um do outro, que se
esquecem que se uniram porque acreditavam se amar.
Amigos de infância, certo dia,
se surpreendem a descobrir falhas de caráter um no outro. Desencantados se
afastam, perdendo o tesouro precioso da amizade.
Colegas de trabalho culpam o
outro por falhas que, em verdade, em muitos casos, é da equipe como um todo.
Foi observando esse quadro que
alguém escreveu que os homens caminham pela face da Terra em fila indiana, cada
um carregando uma sacola na frente e outra atrás.
Na sacola da frente, estão
colocadas as qualidades positivas, as virtudes de cada um. Na sacola de trás
são guardados todos os defeitos, as paixões, as más qualidades do Espírito.
Por isso, durante a jornada
pela vida, mantemos os olhos fixos nas virtudes que possuímos presas em nosso
peito.
Ao mesmo tempo, reparamos de
forma impiedosa, nas costas do companheiro que está à frente, todos os defeitos
que ele possui.
Assim nos julgamos melhores
que ele, sem perceber que a pessoa andando atrás de nós, está pensando a mesma
coisa a nosso respeito.
A imagem é significativa e nos
remete à reflexão. Talvez seja muito importante que saiamos da fila indiana e
passemos a andar ao lado do outro.
E, no relacionamento familiar,
profissional, social em geral, que nos coloquemos de frente um para o outro. Aí
veremos as virtudes nossas, que devem ser trabalhadas, para crescerem mais e
também as virtudes do outro.
Com certeza nos
surpreenderemos com as descobertas que faremos.
Haveremos de encontrar colegas
de trabalho que supúnhamos orgulhosos, como profissionais conscientes,
dispostos a estender as mãos e laborar em equipe.
Irmãos que acreditávamos
extremamente egoístas, com capacidade de ceder o que possuam, a bem dos demais
membros da família.
Pais e mães que eram tidos
como distantes, em verdade estarem ávidos por um diálogo aberto e amigo.
Esposos e esposas que
cultivavam amarguras, encontrarem um novo motivo para estarem juntos,
redescobrindo os encantos dos dias primeiros do namoro.
*
* *
A crítica só é válida quando
serve para demonstrar erros graves que possam causar prejuízo para os outros ou
quando sirva para auxiliar aquele a quem criticamos.
Portanto, resistir ao impulso
de ressaltar as falhas dos outros, exercitando-nos em perceber o que eles
tenham de positivo, é a meta que devemos alcançar.
Não esqueçamos de que se
desejamos que o bem cresça e apareça, devemos divulgá-lo sempre.
Falar bem é fazer o bem.
Apontar o belo é auxiliar outros a verem a beleza.
Redação do Momento
Espírita, com base no texto Sem olhar para trás, de
Gilberto Nucci.
Em 3.2.2020.
Em 3.2.2020.
Fonte: Momento Espírita
http://momento.com.br/
Luz, Amor e
Gratidão
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