EXISTE MACUMBA,
TRABALHO FEITO?
por Renato Mayrink
Esta pergunta é comum dos não
conhecedores do Espiritismo aos espíritas: “Macumba Pega?” Por isso, devemos
aproveitar este espaço para esclarecer que mediunidade não é propriedade dos
espíritas. Há médiuns espíritas e médiuns que não são espíritas. Esse tipo de
“trabalho” não se encontra nas Casas Espíritas, e sim em algumas casas
espiritualistas.
Espiritismo deve ser entendido como a
Doutrina surgida na França, cujo ensinamentos foram trazidos pelos Espíritos e
organizados por Allan Kardec nos 5 livros: “O Livro dos Espíritos”, “O
Evangelho Segundo o Espiritismo”, “O Livro dos Médiuns”, “A Gêneses”, “O Céu e
o Inferno”.
Os
efeitos da magia negra
O Espiritismo não tem: dogmas,
rituais, vestes especiais, cálice com vinho ou qualquer bebida alcoólica,
incenso, mirra, fumo, altares, imagens, andores, velas, procissões, trabalhos
espirituais, talismãs, amuletos, sacrifício animal, santinho, horóscopo, cartomancia,
quiromancia, astrologia, numerologia, pagamento de promessas, despachos, riscos
de cruzes e pontos, não tem curas espirituais milagrosas, fórmulas mágicas para
resolver problemas sentimentais ou financeiros, etc.
O que o Espiritismo explica, em
relação a este tipo de “trabalho” é que, os agentes das sombras (espíritos
malfazejos), contratados para fazer o mal, não têm o poder de criar o mal.
Apenas o alimentam.
Ninguém faz mal para ninguém, porque o
mal só nos atinge porque está dentro de nós. Jamais seremos induzidos à
violência se conquistamos a mansuetude.
Por exemplo: Se um chefe de família
envolve-se com uma jovem bela e volúvel que o seduziu, e que pretende afastá-lo
do lar. Imaginemos esta moça, contratando um “despachante do além”, com a ajuda
de um médium habituado a evocar Espíritos para empreitadas menos dignas. Foi
acertado que o alvo seria “amarrado” num emaranhado passional (relativo à
paixão). A jovem, age de maneira egoísta, porque não está nem um pouco
preocupada com o fato de que, atingindo seu objetivo, destruirá um casamento,
traumatizando crianças e deixando uma esposa infeliz. Pensa nela mesma, na
satisfação e nos benefícios que possa colher naquela relação indigna. O chefe
de família foi envolvido.
Mas nem a jovem, nem o médium, nem o
Espírito evocado exerceram influência irresistível sobre este homem, ou seja,
os espíritos não criam o adultério. Apenas exploram a tendência da pessoa (do
chefe de família) à infidelidade.
Relacionamento,
casamento, separação | VISÃO ESPÍRITA
Imaginemos alguém à beira de um
precipício. Nenhum Espírito vai jogá-lo no abismo. Apenas poderá sugerir
dizendo: “Salte! Veja como é bom! Você experimentará a sensação de voar! Um
prazer indescritível!” Infelizmente, muitos, aceitando convites assim, de
desencarnados e de encarnados, mergulham em paixões e viciações.
Experimentam, passageiramente,
prazeres e alegrias, nos domínios das sensações. Invariavelmente, entretanto,
“esborracham-se” no fundo do abismo, comprometidos em renitentes perturbações e
angústias que lhes amarguram a existência.
Mas, a esposa não é vítima nesta
trama? Aparentemente, sim. Mas, sob a óptica espiritual, onde está a realidade,
podemos considerar que há sempre um componente cármico em nossas dores. O que
nos parece um grande mal pode ser apenas o resgate de débitos relacionados com
o passado. Quem sabe terá ela própria destruído lares alheios, em existências
anteriores. Ninguém sofre injustamente. Mal legítimo, é o que fazemos de
errado, contrariando as leis divinas, com o que contraímos pesados débitos.
O que fazem contra nós, impondo-nos
sofrimentos, converte-se em crédito no resgate de nossas dívidas, se bem
administrado, ou seja, podemos diminuir nossas dívidas do passado se soubermos
sofrer. Normalmente, numa situação dessa natureza, a esposa deixa-se dominar
pelo ódio. Pensa em matar o marido. Matar a intrusa. Matar-se. Exige
satisfações. Briga. Exaspera-se. Arma escândalo. Sobretudo, sente-se
profundamente infeliz. Entra em estado de angústia e ansiedade. Desorienta-se.
Fica doente.
Oração
após divórcio e separação
Reação muito humana, mas nela está a
origem de seus desajustes, e de mais comprometimento com a lei divina. O que
recomenda Jesus ante os males que nos façam? Todos sabemos. Está contido em
pequeno verbo de grandioso alcance: Perdoar. Então, o que devemos fazer para
evitar o nosso envolvimento com o mal? Jesus nos legou a fórmula perfeita para
evitar o envolvimento com o mal: “Vigiai e orai, para que não entreis em
tentação.” É preciso exercitar constante vigilância, não no próximo, mas em nós
mesmos.
Vigiar nossos impulsos, as idéias que surgem em nossa mente, nossos desejos, tendo por parâmetro a moral evangélica que nos oferece o roteiro ideal para uma existência equilibrada e feliz. Em qualquer atitude que tivermos de tomar, perguntemos: “O que cogitamos é compatível com o Evangelho?” Se a resposta for negativa, detenhamo-nos imediatamente em oração, rogando a Deus forças para resistir à tentação. E Deus, que criou o Bem, nos ajudará para que ninguém, aqui ou no além, induza-nos a fazer o que não deve ser feito. Deus não interfere em nosso livre arbítrio. Ele deixa para nós escolhermos o caminho que desejarmos trilhar. Isto chama-se livre arbítrio. Então, “macumba” pega se deixarmos pegar.
Fonte: Chico de Minas
Xavier
http://chicodeminasxavier.com.br/existe-macumba-trabalho-feito/
Com Luz, Amor e Gratidão
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