A maioria dos
homens não vive em paz.
Estar em paz não
significa apenas não fazer parte de uma guerra.
Muitas vezes não
há atritos visíveis com os semelhantes, mas a criatura permanece sem sossego.
A paz interior
consiste em uma harmonia preciosa e constante.
Quem desfruta
desse tesouro convive bem consigo mesmo.
Por mais que
enfrente dificuldades na vida, seu íntimo permanece tranquilo.
O homem pacificado
não necessita inventar distrações.
A percepção de seu
mundo interior não o angustia.
A agitação da
sociedade moderna evidencia quão poucos realmente desfrutam de paz.
As inovações
tecnológicas gradualmente liberam o homem de tarefas repetitivas e tediosas.
Cada vez ele
dispõe de mais tempo livre, mas não utiliza suas folgas para conhecer e
cultivar o próprio caráter.
Na ânsia de
conquistar coisas, multiplica desnecessariamente as horas de trabalho.
E nos raros
momentos em que se permite ficar livre, procura distrações ruidosas e
absorventes.
É como se o
encontro com a própria alma fosse algo a ser evitado.
Sejam ricos ou
pobres, bonitos ou feios, cultos ou iletrados, os homens procuram fugir de si
próprios.
Mesmo quem reúne
condições consideradas ideais para a felicidade raramente desfruta dessa
situação.
As criaturas
enfrentam torturas íntimas, ansiedades e complexos aparentemente
injustificados.
Por mais que a
vida siga tranquila, a ausência de paz permanece.
A questão é que a
verdadeira paz pressupõe a consciência tranquila.
E tranquilidade de
consciência só tem quem está em harmonia com as leis divinas.
Todos os homens já
viveram inúmeras vidas, em sua jornada pelo infinito.
Foram criados
ignorantes e simples e se destinam à mais elevada sabedoria.
Para crescer em
entendimento e compreensão, encarnam inúmeras vezes, em diferentes situações.
Objetivando
aprender a discernir o certo do errado, dispõem da liberdade de agir.
Contudo, respondem
por tudo o que fazem.
A lei humana é
falha e muitos equívocos são por ela ignorados.
Mas na consciência
de cada ser encontram-se registrados todos os seus atos.
Maldades cometidas
contra os irmãos podem ter sido bem escondidas no passado.
Mas quem se
permitiu viver o mal mantém em seu íntimo a marca da desarmonia.
Ocorre que toda
vivência, mesmo marcada pelo erro, deixa a herança da experiência.
De cada refrega o
homem sai amadurecido.
A cada vida ele
cresce em entendimento e possibilidades.
O importante é
aprender a utilizar no bem os recursos adquiridos.
Em sua Primeira Epístola,
o Apóstolo Pedro afirma:
O amor cobre a
multidão de pecados.
Os erros fazem
parte do processo de aprender.
Mas apagá-los
mediante o amor bem vivido propicia paz e harmonia.
Assim, utilize
seus recursos no bem.
Contabilize todos
os tesouros que você amealhou no decorrer dos séculos:
Inteligência,
sensibilidade, aptidão para falar ou escrever, habilidades as mais diversas.
Empregue tudo isso
na construção de um mundo melhor.
Ao utilizar
amorosamente seus talentos, você estará cumprindo a tarefa que lhe cabe no
concerto da Criação.
E uma sublime paz
habitará seu coração.
Pense nisso.
Redação do Momento
Espírita, com transcrição
da I Epístola de Pedro, cap. 4, versículo 8.
Em 20.1.2020.
da I Epístola de Pedro, cap. 4, versículo 8.
Em 20.1.2020.
Fonte: Momento Espírita
http://momento.com.br/
Luz, Amor e
Gratidão
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