De um modo geral,
temos uma grande tendência para reclamar da vida.
Reclamação que não
se restringe apenas a pequenas desventuras individuais.
Reclamamos do país
em que vivemos, dos políticos, das escolas, dos vizinhos.
Comparamos a nossa
estrutura social com outras que julgamos melhores e nos sentimos injustiçados.
Alguns países do
primeiro mundo parecem um paraíso.
Lá há educação e
saúde de qualidade, bons empregos, segurança.
Há menos
violência, desonestidade e corrupção.
Percebendo isso,
podemos pensar que Deus é injusto, pois facilita a vida de uns e dificulta a de
outros.
Realmente, não é
fácil viver em uma sociedade marcada pela falta de ética.
Deve ser bem
melhor integrar uma comunidade composta de pessoas com o hábito de cumprir os
próprios deveres.
Ocorre que a vida
humana não é feita de acasos.
Bênçãos e
desgraças não são sorteadas de forma aleatória.
Vivemos inúmeras
vezes na Terra, para burilar nosso caráter e nossa personalidade.
Reencarnamos
quantas vezes forem necessárias ao nosso aperfeiçoamento.
Como artífices do
próprio destino, temos liberdade de atuação, mas devemos assumir as
consequências dos próprios atos.
As opções do
passado influenciam decisivamente o presente. Dessa forma, vivemos no ambiente
que auxiliamos a construir.
Quem renasce em um
meio social bem estruturado, certamente colaborou para que ele assim se
tornasse.
Se vivemos em uma
sociedade marcada pela corrupção é porque colaboramos para esse estado de
coisas.
Se o mundo que nos
rodeia não é agradável, constitui nosso dever agir para torná-lo melhor.
Muitas vezes
colocamos a culpa do caos social na falta de atuação precisa das gerações
passadas.
Ocorre, porém, que
nós mesmos integramos essas gerações.
Tanto participamos
de seus erros e desatinos que, pela lei de causa e efeito, na atualidade,
sofremos as consequências que deles advêm.
A injustiça e a
impunidade são conceitos estranhos às leis divinas.
Sempre vivemos no
clima que criamos.
Se ontem agimos de
forma indigna e egoísta, hoje experimentamos o resultado desse agir.
Assim, é
importante assumir o papel que nos cabe na construção de uma sociedade melhor.
Renasceremos
inúmeras vezes no mesmo país, vinculados ao mesmo grupo de pessoas.
É de nosso
interesse direto que nosso país melhore, que as criaturas que nos rodeiam
evoluam, em todos os sentidos.
Muitas vezes,
ouvimos com desinteresse notícias relativas ao meio ambiente.
Equivocadamente,
pensamos que isso não nos diz respeito.
Afinal, estaremos
mortos há muito tempo quando não houver mais água no planeta ou o ar se tornar
difícil de respirar.
Trata-se de um
erro enorme de planejamento.
Devemos cuidar do
planeta, educar as pessoas, vigiar o governo.
As gerações são
solidárias, muito mais do que pensamos.
No correr dos
séculos, os corpos e os nomes se alteram.
Mas jamais
escapamos das nossas obras.
O mundo hoje
construído, por ações e omissões, será reencontrado no futuro.
Pensemos na
herança que estamos deixando para as gerações futuras pois, certamente, faremos
parte delas.
Redação do Momento Espírita.
Em 1º.12.2020.
Fonte: Momento Espírita
www.momento.com.br
Luz, Amor e Gratidão
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