Naqueles
memoráveis dias, brilhava a Luz da Verdade, que descera do Infinito para
iluminar o mundo.
E porque a treva
predominasse, o Embaixador Celeste narrou inúmeras parábolas que deveriam
permanecer para sempre na memória da Humanidade.
Em maravilhoso
amanhecer, Ele falou:
Lamed
era um rei muito poderoso, que possuía terras a perder-se de vista, palácios e
joias valiosos, animais e escravos inumeráveis, invejado e bajulado por
multidões.
Acreditava-se
feliz, repousando na ociosidade dourada, engendrando planos para aumentar a
fortuna, sempre receoso de ter o trono usurpado e os tesouros perdidos.
Na
sua ganância havia perdido a paz e na temeridade em que se refugiava, passou a
ser detestado.
O
tempo furtava-lhe as energias, e à louçania juvenil tomaram o lugar a velhice,
o cansaço e a debilidade orgânica.
Nesse
ínterim, ele ouviu falar que havia duas pérolas de valor inestimável, que todos
cobiçavam, mas ninguém possuía recursos para adquiri-las.
Eram
únicas, por isso mesmo, incomparáveis e estavam à disposição de quem as pudesse
comprar.
Porque
já não administrasse os seus bens e domínios, quase exaurido, sem entusiasmo
nem fé, o ancião resolveu vender tudo quanto possuía.
Ao
concluir todas as negociações, deu-se conta que amontoara o exato valor para
adquirir as duas pérolas incomuns.
Sem
qualquer receio operou a troca, e nunca mais sofreu, nem se inquietou, nem
receou a morte ou a vida.
Ao
possuir os dois glóbulos brilhantes e nacarados, libertou-se de tudo e
tornou-se totalmente feliz, porque as duas pérolas, nas quais investiu todos os
bens, são o amor e a paz.
*
* *
Será que estamos
dispostos a investir todos nossos bens em tal conquista?
São tantos
os bens que temos para investir: nossa inteligência, nossa
saúde, nossas energias, nossa disposição.
Imaginemos a
consequência de colocarmos todos esses bens a serviço deste objetivo: conseguir
as pérolas do amor e da paz.
Eis um
investimento de sabedoria, que sempre nos dará um retorno inestimável e perene.
Os bens materiais
acabam, cedo ou tarde. Esses tesouros da alma, não. Uma vez conquistados, ficam
conosco para sempre.
Nenhum amor se
perde.
Quando passamos a
amar alguém – amor de verdade, amor maduro – esta pérola fica conosco por toda
eternidade. Não há quem possa no-la tomar.
Quando temos a
consciência em paz – dessa paz de quem faz o bem – nada pode usurpá-la. A paz
do cumpridor da lei de caridade é posse legítima.
Pensemos,
reflitamos, e façamos nossa escolha.
Onde estamos
aplicando nossos bens? Naquilo que acaba, ou naquilo que permanece?
Redação do Momento
Espírita, com base no cap. 5, do livro A busca da
perfeição, pelo Espírito Eros, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed.
LEAL.
Em1ª.9.2020.
Fonte: Momento Espírita
www.momento.com.br
Luz, Amor
e Gratidão
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