Plantaremos todos
os dias. É a lei.
Até os inativos e
ociosos cultivam, mesmo que seja o joio da imprevidência.
É necessário
reconhecer, porém, que diariamente também colheremos.
Há vegetais que
produzem em poucas semanas. Outros, no entanto, só revelam frutos na passagem
laboriosa de muito tempo.
Em todas as
épocas, uma multidão cria complicações de natureza material, acentuando o
labirinto das próprias vidas, demorando-se em dolorosas dificuldades.
Ainda hoje, temos
notícia dos que pretendem curar a honra com o sangue alheio e lavar a injustiça
com a vingança.
Daí, o ódio de
ontem gerando as guerras de hoje, a ambição pessoal formando a miséria que há
de vir, os prazeres fáceis que irão acarretar retificações no amanhã.
Vivemos nesse
processo de constante semeadura e colheita.
Infelizmente, até
hoje, a maioria de nós tem semeado com descaso, sem se preocupar com a
qualidade das sementes que atiramos no solo das múltiplas existências.
Vida após vida,
então, somos surpreendidos por colheitas amargas, ingratas, que geram em nós
indignação e tristeza.
Como alterar esse
curso doloroso?
Semeando melhor,
semeando bem.
Pensemos, nos anos
de nossa vida aqui na Terra, sejamos jovem, maduro ou idoso, quantas coisas
boas semeamos?
Quantas vidas
mudamos para melhor? Que papel importante desempenhamos na sociedade à nossa
volta? O que de louvável construímos? Como somos para nossa própria família?
São todas
possibilidades ímpares de semeaduras felizes.
Pensemos nos
caminhos que seguimos, desde que nascemos. Quantos deles foram de sementeiras
conscientes e maduras?
Se percebermos que
foram poucas as boas sementes cultivadas, não entremos em desespero. Ainda há
tempo.
Sempre estamos
aptos a semear. Hoje mesmo, daqui a alguns minutos, podemos tomar uma decisão
importante, podemos encontrar-nos com alguém e mudar os rumos de uma história.
Hoje mesmo podemos
perdoar, podemos começar uma tarefa nova, nos engajarmos em alguma causa
valorosa com responsabilidade.
Comecemos qualquer
semeadura nova hoje mesmo, a qualquer instante. Tomos somos capazes.
E não nos
preocupemos com as colheitas penosas, reflexos de outros tempos. Façamos a
colheita resignados, aprendamos e semeemos melhor de agora em diante.
Tornemo-nos um
melhor semeador, o que seleciona as sementes que espalhará no solo do mundo.
*
* *
Passados séculos
sobre o Cristianismo, apenas alguns de nós, que nos afirmamos seguidores do
Cristo, compreendemos a
necessidade da sementeira da luz espiritual em nós mesmos.
Dessa forma, se
desejamos plantar na lavoura divina, cabe-nos fugir do velho sistema da
semeadura do mal, optando por cultivar o bem.
São muitos os que
padecemos, no mundo, por equívocos do ontem. Se desejamos criar nossa
felicidade, importante que não percamos tempo, prosseguindo em caminhos
escusos.
A luz veio ao
mundo há séculos. Milênios se passaram. Optemos
pela reconstrução de nós mesmos.
Redação do Momento
Espírita.
Em 18.9.2020.
Fonte: Momento Espírita
www.momento.com.br
Luz, Amor e Gratidão
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