Kaô
cabecile, Pai Xangô, o senhor da coroa. Peço licença de Pai Xangô, o orixá da
razão e do equilíbrio, para falar de seus filhos. Tal pai tal são os filhos de
Xangô, ativos, determinados e preocupados com a justiça.
Um
filho de Xangô é comunicativo e gosta de usar argumentos racionais. Para fazer ou deixar de fazer algo, o filho
(ou filha) de Xangô precisa ser convencido através da razão.
Chantagens
emocionais e melodramas geralmente surtem pouco efeito com um filho de Xangô,
mas com um filho de Iemanjá ou de Oxum, a coisa é diferente.
Os
filhos de Xangô são nascidos na pedra e a pedra não amolece facilmente.
A
justiça não admite favorecimentos ou sentimentalismos, muito embora seja
indispensável também usar o amor nos julgamentos.
Mas não
um amor irresponsável e sim um amor equilibrado.
Quando
a vibração de Oxum se encontra com a de Xangô, o filho enxerga o amor com a
clareza da razão e passa a perceber que todas as pessoas são diferentes e devem
receber tratamento diferenciado, de acordo com as suas diferenças.
Um
filho desobediente e mau não deve receber dos pais o mesmo tratamento de um
filho bom e atencioso; um empregado trabalhador e assíduo não deve receber do
patrão o mesmo tratamento de um empregado beberrão e insubordinado.
Também
um patrão explorador e grosseiro não goza da mesma consideração, por seus
subordinados, que um patrão amoroso e organizado.
A vida
nos reclama atenção para todas as atitudes e comportamentos das pessoas que
convivem conosco, para uma avaliação do merecimento de cada um e também do que
podemos esperar do próximo.
Xangô
coloca as coisas no seu devido lugar, considerando pesos e medidas. Rédeas curtas ou rédeas frouxas, conforme o
caso.
Muitos
filhos de Xangô, pelo verbo fácil e senso de justiça, buscam cargos públicos ou
ocupam funções de poder na sociedade mundana.
Mas
devem ser vigilantes para não se corromperem pela soberba e pela tentação do
lucro fácil.
Entretanto,
havendo vigilância e bondade no coração, o filho de Xangô luta incansavelmente
por justiça e não admite ver alguém sofrer algum abuso ou desrespeito.
Também
torna-se equilibrado nos seus desejos, consciente que seu direito termina onde
começa o do seu próximo.
Quando
depara na vida com pessoas cuja convivência lhe é nociva ou prejudicial, Xangô
se afasta destas más influências, pois reconhece racionalmente que cada um tem
o direito de escolher seu caminho, ainda que errado, desde que não arraste os
outros consigo.
Dessa
forma, um bom filho de Xangô nunca cai e não deixa ninguém jogá-lo no chão.
Fonte: http://umbandamatinata.blogspot.com/2012/04/filho-de-pai-xango-ninguem-joga-no-chao.html
Luz, Amor e Gratidão
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