“Mãezinha querida... Seu coração
está em pedaços...
Não há dor maior do que a perda de um filho...
Aprendemos a amá-los de uma forma tão grandiosa, tão completa, que não
conseguimos mais enxergar o mundo sem a sua presença ao nosso lado.
Descobrimos um tipo de amor que nos faz crescer e nos faz amar a vida
como nunca antes havíamos amado.
E subitamente são levados... Aos poucos meses, nos primeiros anos... Ou
um pouco mais tarde. Levados de nosso regaço através da morte tão cruel.
Mãezinha querida... Seu coração pede consolo, pede uma razão para
continuar vivendo...
E essa razão estará sempre em seu amor por eles.
Primeiramente pelo amor aos que ficaram e respiram também o ar de seu
amar: filhinhos, esposo, pais, amigos queridos.
Mas também pelo amor aos que partiram porque, mãezinha querida, eles
continuam a existir e a amá-la como antes o faziam.
A morte não mata o espírito e também não mata o amor.
“Um pai, uma mãe, nunca deveriam enterrar seus filhos” – diz o
pensamento popular, fazendo menção à ordem natural da vida para os que deveriam
partir antes.
Porém, a verdade é que você não enterrou seu filhinho, mãe: o que ali
foi deixado sob a terra era apenas sua vestimenta corporal para esta breve
encarnação.
Seu filho, sua filha continuam existindo. E todo amor que construíram no
aconchego de seu lar não foi perdido: será a semente de um novo amanhã, quando
voltarão a se encontrar.
Os planos maiores do Universo – ainda desconhecidos por nós – definiram
que precisavam ir mais cedo, por razões especiais.
Voltaram para a verdadeira vida, o mundo espiritual, onde estão
recebendo todo auxílio necessário para que sejam bem recepcionados em sua nova
realidade.
Deus está com seus filhos nos braços, mãezinha. Segura-os através de
Seus tantos trabalhadores do bem, que estão encarregados de receber as almas
após a desencarnação.
Você não perdeu seus filhos, embora a realidade pareça mostrar isso
diariamente, pelo buraco que suas ausências na Terra deixaram.
Não... Você não perdeu seus filhos. A desencarnação é apenas o final de
uma etapa e começo de outra.
Não perdemos as pessoas, assim como não se perde o amor semeado no
coração.
Quando a saudade apertar e o ar parecer faltar, lembre, mãezinha, dos
momentos felizes com eles, lembre de abraçá-los com carinho em suas orações aos
céus.
Eles receberão seu abraço e ficarão felizes por saber que em sua alma
não há revolta, não há ódio ou rancor, há apenas a natural e saudável saudade.
Através da oração você poderá manter um contato constante com eles, pois
a prece une os “dois mundos”.
Diga que os ama muito, que sente falta, é certo, e que é este amor que
lhe sustenta os dias na Terra, esperando o sonhado momento do reencontro.
Mãezinha querida... Você não está sozinha neste momento difícil: Deus
está com você. Conte com Ele”.
Redação do Momento
Espírita.
Disponível no CD
Momento Espírita, v.24, ed. FEP.
Em 2.11.2019.
Luz, Amor e
Gratidão
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